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Terça-Feira, 02 de Setembro de 2025 às 19:30:00
Governo de Sergipe realiza seminário sobre gerenciamento e preservação de espaços culturais
A ação resulta do programa 'Viva-SE', que visa fortalecer boas práticas e modelos de gestão para implantação de espaços que preservem e promovam o legado cultural sergipano

O Governo do Estado promoveu o 1º Seminário sobre Gestão de Espaços Culturais nesta terça-feira, 2. Realizado na Biblioteca Epiphanio Dória, em Aracaju, o encontro reuniu gestores, especialistas e demais interessados para debater os novos rumos, desafios e tendências na preservação e funcionamento de espaços públicos que acolhem diversas manifestações culturais sergipanas. A ação foi intermediada pelas secretarias especiais de Planejamento, Orçamento e Inovação (Seplan) e da Cultura (Secult) e pela Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap). 

A programação contou com palestra sobre os desafios e oportunidades da governança de espaços públicos culturais e também incluiu outros três painéis temáticos ao longo de todo o dia, com debates sobre a administração desses espaços e estratégias para gestão eficaz. Temas como investimentos culturais em Sergipe e financiamento da cultura no Brasil também foram pautados.

Na ocasião, o secretário Especial do Planejamento, Orçamento e Inovação, Julio Filgueira, ressaltou o compromisso contínuo da gestão estadual com a política cultural sergipana e o papel estratégico da pasta voltado à infraestrutura dos espaços públicos que atendem a essas manifestações. “De 2023 para cá, a Seplan deu a sua contribuição ajudando na modelagem de uma grande operação de crédito de R$ 120 milhões com foco no desenvolvimento cultural de Sergipe e que será responsável por uma verdadeira revolução. Serão 16 intervenções entre memoriais e museus, tanto na região metropolitana quanto em outras regiões do estado”, explicou. 

A realização do seminário se soma a outras ações estaduais que fomentam o legado cultural sergipano, como o fortalecimento do calendário de eventos, a recriação da Secretaria da Cultura, os diálogos estabelecidos com o ecossistema e a implementação de políticas de financiamento do Governo Federal. “Isso trouxe efetivamente recursos para a cultura. A parcela de contribuição efetiva que o Estado dá é com esses equipamentos todos, que vão mudar completamente a forma como a população acessa a cultura no nosso estado”, acrescentou o gestor da Seplan. 

Objetivos 

De acordo com a gestora governamental da Seplan e coordenadora do evento, Isadora Britto, a iniciativa surgiu a partir de discussões do programa 'Viva-SE', que tem como objetivo o fomento do desenvolvimento socioeconômico do estado a partir de investimentos na cultura e no turismo. 

“Trata-se de uma operação de crédito celebrada com o BNDES num valor total de R$ 195 milhões, possivelmente o maior investimento já feito em cultura no estado de Sergipe. Então, diante desse montante de investimentos, surge a necessidade de discutir a gestão desses equipamentos culturais de forma que esses espaços sejam sustentáveis, que tenham a manutenção contínua e permanente e que a gente possa cada vez mais garantir a participação da comunidade, os processos educativos e fomentar a cultura nas diversas regiões do estado”, afirmou. 

Da plateia, a gestora de cultura do município de Santo Amaro das Brotas, Luana Maria, destacou a importância do seminário. “Eventos como esse vêm para fortalecer o nosso trabalho. Então, é importante o governo estimular e disseminar esses saberes aqui para que a gente consiga somar com os nossos conhecimentos, com aquilo que a gente já tem da nossa própria experiência, das experiências de fora e, assim, a gente contribua melhor para o desenvolvimento cultural do estado de Sergipe”, enfatizou. 

Compromisso e experiências

A iniciativa foi celebrada por gestores públicos, especialistas e diversos outros atores envolvidos no tema, com espaço para diálogo e trocas de experiências. “É louvável ver um seminário desse que reúne diversas secretarias de um governo para tratar sobre um tema que, durante muitos anos, não era visto como centralidade. Todo um time do governo envolvido na busca de investimentos para a recuperação, para a modernização e para a construção de novos equipamentos públicos de cultura é muito louvável. Eu acho que isso fala desse novo tempo do Brasil, que tem trazido para o debate a importância da política cultural para a formação dos nossos estados, para o desenvolvimento do nosso país e fortalecimento da nossa democracia”, ressaltou a secretária da Cultura do Estado do Ceará, Luisa Cela. 

A gestora esteve entre as convidadas palestrantes e apresentou a modelagem de gestão de espaços públicos do Ceará, destacando os desafios e oportunidades que derivam desse gerenciamento. Para ela, a cultura é base fundamental para diversos avanços conquistados. “O Governo Federal tem feito a sua parte, investindo recursos significativos em todo o Brasil, e cabe a nós, governos estaduais e municípios, fazer a nossa parte”, enfatizou sobre a importância e necessidade de ações conjuntas. 

Entre as apresentações de estudos de caso, esteve a do Museu das Favelas do Estado de São Paulo. “Ele tem, por princípio, criar um espaço de protagonismo para as pessoas da favela. Então, a gente traz as pessoas, de alguma maneira, para participar de todo o processo curatorial, de algumas decisões, no que a gente pode ter representado ali, os sotaques e a diversidade das favelas”, explicou a diretora do museu, Natália Cunha. 

Para a diretora, o seminário é uma oportunidade para trocas de tecnologia e de formas de fazer cultura que servem para identificar os avanços e referenciar trabalhos construídos. “É um espaço de intercâmbio, de troca e de construção de novos saberes para a gente trabalhar a gestão cultural. Aqui, em Sergipe, por exemplo, tem espaços que estão muito mais velhos do que o Museu das Favelas, mas que trabalham com determinado tipo de gestão que a gente pode também se inspirar. Assim também trazer isso, que é tão novo no Museu das Favelas, uma gestão que é do Governo do Estado, mas realizada pela sociedade civil, e que pode servir de referência aqui também”, contou. 

Entre os palestrantes, mediadores e painelistas, também marcaram presença representantes da Agência Sergipe de Desenvolvimento; do Ministério da Cultura em Sergipe; do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); da Comissão de Planejamento do Fórum Permanente do Audiovisual de Sergipe; do grupo teatral Mamulengo de Cheiroso; e do Museu da Inconfidência de Minas Gerais.

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Governo de Sergipe realiza seminário sobre gerenciamento e preservação de espaços culturais
A ação resulta do programa 'Viva-SE', que visa fortalecer boas práticas e modelos de gestão para implantação de espaços que preservem e promovam o legado cultural sergipano
Terça-Feira, 02 de Setembro de 2025 às 19:30:00

O Governo do Estado promoveu o 1º Seminário sobre Gestão de Espaços Culturais nesta terça-feira, 2. Realizado na Biblioteca Epiphanio Dória, em Aracaju, o encontro reuniu gestores, especialistas e demais interessados para debater os novos rumos, desafios e tendências na preservação e funcionamento de espaços públicos que acolhem diversas manifestações culturais sergipanas. A ação foi intermediada pelas secretarias especiais de Planejamento, Orçamento e Inovação (Seplan) e da Cultura (Secult) e pela Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap). 

A programação contou com palestra sobre os desafios e oportunidades da governança de espaços públicos culturais e também incluiu outros três painéis temáticos ao longo de todo o dia, com debates sobre a administração desses espaços e estratégias para gestão eficaz. Temas como investimentos culturais em Sergipe e financiamento da cultura no Brasil também foram pautados.

Na ocasião, o secretário Especial do Planejamento, Orçamento e Inovação, Julio Filgueira, ressaltou o compromisso contínuo da gestão estadual com a política cultural sergipana e o papel estratégico da pasta voltado à infraestrutura dos espaços públicos que atendem a essas manifestações. “De 2023 para cá, a Seplan deu a sua contribuição ajudando na modelagem de uma grande operação de crédito de R$ 120 milhões com foco no desenvolvimento cultural de Sergipe e que será responsável por uma verdadeira revolução. Serão 16 intervenções entre memoriais e museus, tanto na região metropolitana quanto em outras regiões do estado”, explicou. 

A realização do seminário se soma a outras ações estaduais que fomentam o legado cultural sergipano, como o fortalecimento do calendário de eventos, a recriação da Secretaria da Cultura, os diálogos estabelecidos com o ecossistema e a implementação de políticas de financiamento do Governo Federal. “Isso trouxe efetivamente recursos para a cultura. A parcela de contribuição efetiva que o Estado dá é com esses equipamentos todos, que vão mudar completamente a forma como a população acessa a cultura no nosso estado”, acrescentou o gestor da Seplan. 

Objetivos 

De acordo com a gestora governamental da Seplan e coordenadora do evento, Isadora Britto, a iniciativa surgiu a partir de discussões do programa 'Viva-SE', que tem como objetivo o fomento do desenvolvimento socioeconômico do estado a partir de investimentos na cultura e no turismo. 

“Trata-se de uma operação de crédito celebrada com o BNDES num valor total de R$ 195 milhões, possivelmente o maior investimento já feito em cultura no estado de Sergipe. Então, diante desse montante de investimentos, surge a necessidade de discutir a gestão desses equipamentos culturais de forma que esses espaços sejam sustentáveis, que tenham a manutenção contínua e permanente e que a gente possa cada vez mais garantir a participação da comunidade, os processos educativos e fomentar a cultura nas diversas regiões do estado”, afirmou. 

Da plateia, a gestora de cultura do município de Santo Amaro das Brotas, Luana Maria, destacou a importância do seminário. “Eventos como esse vêm para fortalecer o nosso trabalho. Então, é importante o governo estimular e disseminar esses saberes aqui para que a gente consiga somar com os nossos conhecimentos, com aquilo que a gente já tem da nossa própria experiência, das experiências de fora e, assim, a gente contribua melhor para o desenvolvimento cultural do estado de Sergipe”, enfatizou. 

Compromisso e experiências

A iniciativa foi celebrada por gestores públicos, especialistas e diversos outros atores envolvidos no tema, com espaço para diálogo e trocas de experiências. “É louvável ver um seminário desse que reúne diversas secretarias de um governo para tratar sobre um tema que, durante muitos anos, não era visto como centralidade. Todo um time do governo envolvido na busca de investimentos para a recuperação, para a modernização e para a construção de novos equipamentos públicos de cultura é muito louvável. Eu acho que isso fala desse novo tempo do Brasil, que tem trazido para o debate a importância da política cultural para a formação dos nossos estados, para o desenvolvimento do nosso país e fortalecimento da nossa democracia”, ressaltou a secretária da Cultura do Estado do Ceará, Luisa Cela. 

A gestora esteve entre as convidadas palestrantes e apresentou a modelagem de gestão de espaços públicos do Ceará, destacando os desafios e oportunidades que derivam desse gerenciamento. Para ela, a cultura é base fundamental para diversos avanços conquistados. “O Governo Federal tem feito a sua parte, investindo recursos significativos em todo o Brasil, e cabe a nós, governos estaduais e municípios, fazer a nossa parte”, enfatizou sobre a importância e necessidade de ações conjuntas. 

Entre as apresentações de estudos de caso, esteve a do Museu das Favelas do Estado de São Paulo. “Ele tem, por princípio, criar um espaço de protagonismo para as pessoas da favela. Então, a gente traz as pessoas, de alguma maneira, para participar de todo o processo curatorial, de algumas decisões, no que a gente pode ter representado ali, os sotaques e a diversidade das favelas”, explicou a diretora do museu, Natália Cunha. 

Para a diretora, o seminário é uma oportunidade para trocas de tecnologia e de formas de fazer cultura que servem para identificar os avanços e referenciar trabalhos construídos. “É um espaço de intercâmbio, de troca e de construção de novos saberes para a gente trabalhar a gestão cultural. Aqui, em Sergipe, por exemplo, tem espaços que estão muito mais velhos do que o Museu das Favelas, mas que trabalham com determinado tipo de gestão que a gente pode também se inspirar. Assim também trazer isso, que é tão novo no Museu das Favelas, uma gestão que é do Governo do Estado, mas realizada pela sociedade civil, e que pode servir de referência aqui também”, contou. 

Entre os palestrantes, mediadores e painelistas, também marcaram presença representantes da Agência Sergipe de Desenvolvimento; do Ministério da Cultura em Sergipe; do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); da Comissão de Planejamento do Fórum Permanente do Audiovisual de Sergipe; do grupo teatral Mamulengo de Cheiroso; e do Museu da Inconfidência de Minas Gerais.