Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, as atividades do Governo do Estado, realizadas por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), começaram pela manhã com uma roda de conversa intitulada ‘Novembro Negro’. O evento ocorreu no Centro de Criatividade, localizado no entorno da comunidade Maloca, primeiro quilombo urbano de Sergipe e segundo do Brasil, reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Aracaju.
A mesa redonda contou com a participação de Severo D’Acelino, Rosália Costa, Alan de Xangô, Carlos Henrique (Niquiba) e do professor Roberto Amorim, e foram abordados temas sociais e culturais relacionados a ancestralidade, luta pela igualdade racial e empreendedorismo. A mediação foi guiada pela referência técnica da Funcap, Grazzy Coutinho.
O escritor e ator Severo D'Acelino esteve presente na mesa redonda e contou que, para ele, o movimento negro está em constante luta. “A gente já vem lutando para a consagração das nossas questões, onde a gente possa discutir para resolver, apresentar soluções. Nós somos pessoas humanas, e a educação é exatamente para fortalecer e para potencializar o nosso livre-arbítrio, o nosso poder de conjecturar, de conceituar, de pensar”, finalizou o artista.
Para o presidente do grupo de cultura popular de matriz africana Afoxé de Preto, Alan de Xangô, o 20 de Novembro deveria ser um dia de reflexão para toda a sociedade. “A sociedade é ensinada que tudo que é do povo preto, tudo que vem da África é ruim, e a gente está aqui hoje também para desmistificar isso. Através da musicalidade, da comunidade, das vestimentas, das poesias, poemas e várias outras coisas. Trazer a minha contribuição para este momento é algo muito valoroso. Eu agradeço essa oportunidade de falar um pouco da minha ancestralidade, do meu trabalho, do que eu faço, do que eu pinto, do que eu canto, para não se perder. Cabe a mim, enquanto militante, enquanto artista, enquanto ativista, enquanto babalorixá, brigar pelo nosso lugar, brigar pelos cuidados que o nosso povo merece”, concluiu.
A empreendedora Rosália Costa, que é quilombola da Maloca, compôs a roda de conversa levando sua experiência com o empreendedorismo negro. “Eu nasci dentro de uma comunidade, com a minha tia Glorinha rezadeira e, na vivência com ela, eu aprendi a fazer o caruru, porque para fazer o caruru, que é a comida do orixá, tem que ter toda uma ciência. Há 15 anos eu trabalho com isso, e ser empreendedora é um desafio diário para nós, de comunidades de base comunitária, comunidades tradicionais e, apesar disso, dentro da Maloca, o empreendedorismo é muito forte, principalmente para as mulheres”, revelou a quilombola.
O professor e presidente do Sindicato Profissional de Ensino do Município de Aracaju (Sindipema), Obanshe Severo, afirmou que momentos como o desta quarta-feira precisam reverberar em todos os dias do ano. “Foi uma mesa muito importante, que trouxe questões centrais da nossa ancestralidade, da nossa musicalidade, e que, por óbvio, passa pelas questões religiosas também, e a gente precisa muito falar sobre isso. É a primeira vez na história que o Dia da Consciência Negra é um feriado nacional, e apesar do feriado, ele continua sendo um dia de protesto, de luta e que representa todas as lutas que nós enfrentamos desde a escravização. Hoje nós temos que celebrar, comemorar, porque a gente tem que criar um pacto com o nosso povo negro. Nós precisamos ocupar o espaço de poder, porque ninguém vai fazer por nós o que precisa ser feito”, reafirmou.
Para o diretor de Cultura e Políticas Públicas da Funcap, Eugênio Enéas, a roda foi um momento de reflexão. “A mesa redonda de hoje passa por pessoas que criaram as histórias, o movimento em nosso estado, e que hoje a gente só tem gratidão a elas. Nós temos a preocupação de deixar esse dia registrado, pela importância que é o dia, que faz jus ao nome, o Dia da Consciência Negra, que passa a ser um dia de reflexão e de construção por conta dos tópicos que foram levantados aqui, com essas pessoas que são de entidades formadoras de opiniões do nosso estado”, detalhou.
Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, as atividades do Governo do Estado, realizadas por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), começaram pela manhã com uma roda de conversa intitulada ‘Novembro Negro’. O evento ocorreu no Centro de Criatividade, localizado no entorno da comunidade Maloca, primeiro quilombo urbano de Sergipe e segundo do Brasil, reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Aracaju.
A mesa redonda contou com a participação de Severo D’Acelino, Rosália Costa, Alan de Xangô, Carlos Henrique (Niquiba) e do professor Roberto Amorim, e foram abordados temas sociais e culturais relacionados a ancestralidade, luta pela igualdade racial e empreendedorismo. A mediação foi guiada pela referência técnica da Funcap, Grazzy Coutinho.
O escritor e ator Severo D'Acelino esteve presente na mesa redonda e contou que, para ele, o movimento negro está em constante luta. “A gente já vem lutando para a consagração das nossas questões, onde a gente possa discutir para resolver, apresentar soluções. Nós somos pessoas humanas, e a educação é exatamente para fortalecer e para potencializar o nosso livre-arbítrio, o nosso poder de conjecturar, de conceituar, de pensar”, finalizou o artista.
Para o presidente do grupo de cultura popular de matriz africana Afoxé de Preto, Alan de Xangô, o 20 de Novembro deveria ser um dia de reflexão para toda a sociedade. “A sociedade é ensinada que tudo que é do povo preto, tudo que vem da África é ruim, e a gente está aqui hoje também para desmistificar isso. Através da musicalidade, da comunidade, das vestimentas, das poesias, poemas e várias outras coisas. Trazer a minha contribuição para este momento é algo muito valoroso. Eu agradeço essa oportunidade de falar um pouco da minha ancestralidade, do meu trabalho, do que eu faço, do que eu pinto, do que eu canto, para não se perder. Cabe a mim, enquanto militante, enquanto artista, enquanto ativista, enquanto babalorixá, brigar pelo nosso lugar, brigar pelos cuidados que o nosso povo merece”, concluiu.
A empreendedora Rosália Costa, que é quilombola da Maloca, compôs a roda de conversa levando sua experiência com o empreendedorismo negro. “Eu nasci dentro de uma comunidade, com a minha tia Glorinha rezadeira e, na vivência com ela, eu aprendi a fazer o caruru, porque para fazer o caruru, que é a comida do orixá, tem que ter toda uma ciência. Há 15 anos eu trabalho com isso, e ser empreendedora é um desafio diário para nós, de comunidades de base comunitária, comunidades tradicionais e, apesar disso, dentro da Maloca, o empreendedorismo é muito forte, principalmente para as mulheres”, revelou a quilombola.
O professor e presidente do Sindicato Profissional de Ensino do Município de Aracaju (Sindipema), Obanshe Severo, afirmou que momentos como o desta quarta-feira precisam reverberar em todos os dias do ano. “Foi uma mesa muito importante, que trouxe questões centrais da nossa ancestralidade, da nossa musicalidade, e que, por óbvio, passa pelas questões religiosas também, e a gente precisa muito falar sobre isso. É a primeira vez na história que o Dia da Consciência Negra é um feriado nacional, e apesar do feriado, ele continua sendo um dia de protesto, de luta e que representa todas as lutas que nós enfrentamos desde a escravização. Hoje nós temos que celebrar, comemorar, porque a gente tem que criar um pacto com o nosso povo negro. Nós precisamos ocupar o espaço de poder, porque ninguém vai fazer por nós o que precisa ser feito”, reafirmou.
Para o diretor de Cultura e Políticas Públicas da Funcap, Eugênio Enéas, a roda foi um momento de reflexão. “A mesa redonda de hoje passa por pessoas que criaram as histórias, o movimento em nosso estado, e que hoje a gente só tem gratidão a elas. Nós temos a preocupação de deixar esse dia registrado, pela importância que é o dia, que faz jus ao nome, o Dia da Consciência Negra, que passa a ser um dia de reflexão e de construção por conta dos tópicos que foram levantados aqui, com essas pessoas que são de entidades formadoras de opiniões do nosso estado”, detalhou.