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Terça-Feira, 19 de Novembro de 2024 às 12:42:00
Sergipe tem crescimento de quase 15% da receita corrente
Resultado registrado de janeiro a agosto deste ano fez parte da apresentação da secretária da Fazenda na Alese, durante exposição do balanço das finanças estaduais, quando destacou também medidas adotadas pelo Governo de Sergipe que têm garantido resultados positivos e controle das despesas

A secretária de Estado da Fazenda, Sarah Tarsila, apresentou nesta terça-feira, 19, à Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e Tributação da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), a Avaliação de Cumprimento de Metas Fiscais relativa ao segundo quadrimestre de 2024. Durante o encontro com os deputados, que é previsto no artigo 9º da Lei de Responsabilidade Fiscal, ela destacou os resultados da política fiscal que vem sendo implementada pelo Governo de Sergipe. A arrecadação de receitas próprias teve um crescimento nominal de quase 10% nos dois primeiros quadrimestres do ano, em comparativo ao mesmo período do ano passado.

Entre janeiro e agosto deste ano, a Receita Corrente - que soma tributos, contribuições, transferências e aplicações financeiras - cresceu 14,9%, em relação a 2023, atingindo R$ 10,1 bilhões.

Nos oito primeiros meses deste ano, Sergipe também foi destaque na arrecadação de receitas próprias, atingindo a marca de R$ 3,25 bilhões, alcançados por meio do recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Circulação de Veículos (IPVA) e o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD). 

Isso representa um crescimento nominal de 9,8% em relação ao verificado no ano anterior, quando o volume de recursos atingiu R$ 2,96 bilhões. “Esse crescimento é resultado do trabalho que estamos fazendo para aumentar a arrecadação, melhorar a relação com os contribuintes, combater a sonegação fiscal e modernizar a nossa legislação tributária”, ressaltou Sarah Tarsila.

Já os valores repassados pelo Governo Federal, via Fundo de Participação dos Estados (FPE), atingiram nos oito primeiros meses deste ano a marca de R$ 5,5 bilhões, um crescimento de 18,9% quando comparado ao recebido pelo Estado em 2023. O valor representa 54% do total de recursos obtidos pela administração estadual.

Controle das despesas  

Além do trabalho para incrementar as receitas, a secretária da Fazenda apresentou as despesas orçamentárias do Estado. Nos oito primeiros meses deste ano foram desembolsados R$ 9,1 bilhões para a quitação dos compromissos financeiros, um crescimento de 14,9% em relação a 2023.

O total destinado ao pagamento de encargos e salários cresceu 11,8% quando comparado ao mesmo período do ano passado, o que representa um incremento de R$ 563 milhões.  Este ano foram destinados R$ 5,35 bilhões para esse tipo de despesa. Atualmente, a folha do Poder Executivo corresponde a 43,1% da Receita Corrente Líquida, abaixo do limite prudencial, que é de 46%.

O esforço para viabilizar o aumento das receitas e controlar despesas levou o governo a obter um Resultado Primário - saldo entre a receita e despesa - de R$ 1,04 bilhão, valor superior ao registrado em 2023, quando foi obtido um saldo positivo de R$ 1 bilhão.

A Dívida Consolidada Líquida, que representa o saldo entre a Dívida Total do Estado e a disponibilidade de caixa, atingiu os R$ 2 bilhões em agosto deste ano. No primeiro quadrimestre, o valor correspondia a 1,97 bilhão.

Em Sergipe, a relação entre a Dívida Corrente Líquida e a Receita Corrente Líquida (DCL/RCL), de acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), é a 13ª menor do país. Apesar de a Resolução n° 40/2021 do Senado estabelecer o limite de 200% da RCL para esse indicador, Sergipe encerrou o segundo quadrimestre deste ano com um percentual de 14,54%.

A boa gestão do orçamento permitiu ao Governo de Sergipe aumentar a aplicação de recursos na Saúde e Educação. Somente para a primeira foram direcionados R$ 1,36 bilhão entre maio e agosto deste ano, o correspondente a 15,95% da arrecadação obtida com os chamados tributos vinculados (ICMS, ITCMD, IPVA e Imposto de Renda), percentual superior ao recomendado pela Constituição, que é de 12%.

Já na Educação foram aplicados R$ 2,04 bilhões, o que representa um crescimento de R$ 315 milhões em relação ao investido no mesmo período de 2023.​​