Sorrisos que renascem, olhares que traduzem coragem e histórias que inspiram esperança marcaram o encerramento da Campanha Outubro Rosa no Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse). O Centro de Oncologia Dr. Oswaldo Leite realizou a exposição de fotos de pacientes curadas, realizada nos dias 29 e 30 de outubro, que emocionou todos os presentes.

A mostra retratou o brilho no olhar de mulheres que enfrentaram o câncer de mama com força e fé e hoje celebram a vitória e o recomeço. A iniciativa convida à reflexão sobre o poder do acolhimento, da prevenção e da esperança que move tantas mulheres nessa jornada.

Para a paciente Genilde Vicente, que participou do evento, as imagens representam incentivo e inspiração para quem ainda está em tratamento. Curada após 16 ciclos de quimioterapia e 25 sessões de radioterapia, ela compartilhou um relato emocionante. “O câncer não é só dor e sofrimento, é também amor. É durante todo esse processo que você descobre as pessoas que realmente te amam e te acolhem. Só tenho a agradecer à oncologia do Huse, porque eles fazem tudo com muito carinho e dedicação”, destacou.

O encerramento reuniu pacientes, familiares, profissionais da saúde e colaboradores do hospital em uma programação que combinou depoimentos inspiradores, música, homenagens, coffee break e distribuição de rosas, símbolo da solidariedade que permeou toda a campanha.

O superintendente do Huse, Roberto Gurgel, destacou a relevância da ação e reforçou o compromisso da instituição com o cuidado humanizado. “Esses retratos são o espelho da força feminina. Cada mulher aqui representa uma vitória contra o medo e a dor. O Outubro Rosa não termina com esta exposição, ele continua todos os dias, no nosso compromisso de oferecer tratamento com dignidade, afeto e esperança. A prevenção é o primeiro passo. O diagnóstico precoce salva vidas, e é isso que queremos que todas as mulheres entendam”, alertou.

A coordenadora da Oncologia do Huse, Meire Jane Oliveira, ressaltou o simbolismo do evento e a importância do equilíbrio entre técnica e sensibilidade no cuidado oncológico. “Este momento mostra que a cura é possível e que cada mulher é capaz de vencer. Nossa equipe trabalha com dedicação, mas também com muito afeto. O acolhimento faz parte do tratamento, e ver nossas pacientes celebrando a vida é o maior reconhecimento do nosso trabalho”.

Humanização

A música também foi protagonista na ação de humanização. O cantor Fábio Nunes, integrante do projeto Som que Acolhe, levou conforto musical aos pacientes internados, reforçando a importância do olhar humano no ambiente hospitalar.  “A música tem um poder incrível de tocar as nossas emoções. A ideia é promover acolhimento, olhar nos olhos e mostrar que elas não estão sozinhas”, afirmou o artista.

O evento contou ainda com a participação do Presídio Feminino de Sergipe (Prefem), por meio do Programa de Ressocialização Feminina. As detentas escreveram cartas de apoio e solidariedade às pacientes em tratamento, promovendo um elo de empatia e esperança. A diretora do Prefem, Mônica Soares, explicou a iniciativa. “É um projeto que une cuidado, educação e reinserção social. As cartas foram escritas por mulheres que se colocaram no lugar daquelas que enfrentam o câncer, reforçando a solidariedade entre mulheres que vivem realidades diferentes, mas compartilham o mesmo desejo: o de seguir em frente”, disse