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Segunda-Feira, 04 de Novembro de 2024 às 08:30:00
Ipesaúde destaca Novembro Azul e defende importância do diagnóstico precoce
Durante todo o mês, o instituto fomenta a adoção de bons hábitos para prevenção da doença e destaca a necessidade da realização de consultas e exames regulares para o diagnóstico precoce do câncer

Em adesão ao Novembro Azul, uma campanha mundial de conscientização sobre o câncer de próstata, o Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde) ressalta a importância do olhar à saúde. Durante todo o mês, o instituto fomenta a adoção de bons hábitos para prevenção da doença e destaca a necessidade da realização de consultas e exames regulares para o diagnóstico precoce do câncer.

O médico urologista do Ipesaúde, Igor Feitosa, reforça a importância do diagnóstico precoce não apenas no câncer de próstata, mas em todas as doenças oncológicas. "Quando a gente descobre uma doença no início, o tratamento fica muito mais fácil e com uma possibilidade de sucesso muito maior. As cirurgias são menos agressivas e trazem menos complicações para o paciente, aumentando as chances de cura. Com a detecção precoce, é possível evitar tratamentos mais invasivos, como quimioterapia e radioterapia", explicou.

O câncer de próstata pode não apresentar sintomas na fase inicial, mas quando apresenta, os mais comuns são dificuldade em urinar, sangue na urina, diminuição do jato de urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou noite, dor lombar, problemas de ereção, dor na bacia ou joelhos, ou até dor ao ejacular. Em casos mais avançados,a doença pode causar perda de peso inexplicada, falta de apetite e dores intensas em articulações e ossos.

O profissional explica que o rastreio do câncer de próstata é recomendado para homens a partir dos 50 anos. No entanto, aqueles com fatores de risco, como ser um homem negro ou possuir familiares que tiveram o câncer, devem iniciar os exames mais cedo, com idade entre 40 a 45 anos. Igor destaca que o trabalho de conscientização precisa continuar para vencer o preconceito e aumentar a adesão aos exames de rastreio. 

"Temos o PSA que é um exame de sangue que avalia os níveis de uma proteína produzida pela próstata; e o toque retal, que é um exame físico para detectar nódulos ou alterações suspeitas na glândula. Esses exames, quando combinados, aumentam a eficácia do diagnóstico e ajudam a identificar a necessidade de exames complementares, como ressonâncias e biópsias. Embora o PSA seja mais aceito por ser um exame de sangue, ele não substitui o toque retal, pois o toque retal consegue identificar nódulos suspeitos antes mesmo de o PSA apresentar alterações nos níveis sanguíneos", destaca.

Tratamentos e chances de cura

O câncer de próstata tem alta taxa de cura, especialmente quando detectado em fases iniciais. Os tratamentos podem variar conforme o estágio da doença. "Durante a doença inicial, a cirurgia para retirada da próstata (prostatectomia) é uma das opções mais comuns, minimizando as chances de recorrência. Alternativamente, pode-se optar pela radioterapia. Em estágios avançados, quando o câncer já se espalhou para outros órgãos (metástase), o foco do tratamento muda para a radioterapia e terapia hormonal. O tratamento hormonal é feito com aplicações periódicas de medicamentos para controlar a progressão da doença", explica.

A prevenção inclui hábitos saudáveis para uma vida longa. "Além dos exames, adotar hábitos saudáveis é essencial para a prevenção de doenças, incluindo o câncer de próstata como praticar atividades físicas regularmente; manter uma alimentação equilibrada; evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. Essas medidas não apenas diminuem o risco de câncer, mas também ajudam a prevenir várias outras doenças", finaliza Igor.