A equipe técnica do Senai CETIQT, responsável pelo desenvolvimento do projeto ‘RendaVeste Sergipe - Conexão Artesanato & Moda’, já está em campo realizando o diagnóstico com as rendeiras sergipanas. Durante a semana, serão identificadas as guardiãs da renda irlandesa de Divina Pastora e, posteriormente, de outros municípios onde também há autoras deste artesanato.
Na manhã desta terça-feira, 16, a equipe esteve reunida com as integrantes da Associação das Rendeiras Independente de Divina Pastora (Asdrin). A entidade reúne 30 rendeiras, mas também abriu as portas para que pessoas não associadas pudessem participar da ação.
Lançada na semana passada, a iniciativa do Governo de Sergipe, executada por meio da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), busca capacitar essas profissionais, de modo a ampliar e fortalecer a arte feita à mão enquanto cadeia produtiva da economia.
“Nesta primeira etapa, os técnicos irão conhecer o local de produção, características da renda e as demandas das rendeiras para fazê-las, além da disponibilidade delas para as capacitações”, explica o consultor do Senai CETIQT, Alexandre Bojar.
O objetivo principal do projeto Renda Veste é inserir as artesãs da renda irlandesa no mercado da moda. A pretensão do governo é alcançar 100 artesãs dos cinco pólos de produção da Renda Irlandesa: Divina Pastora, Laranjeiras, Maruim, Nossa Senhora do Socorro e Aracaju.
A presidente da Asdrin, Neidiele Silva, avaliou a reunião como muito produtiva. Para ela a escuta ativa, in loco, é de fundamental importância para a mobilização e participação de todas as rendeiras, bem como para entender a necessidade real de maior conhecimento técnico para atender as demandas do mercado.
“Diariamente temos nossas agendas, nossos compromissos. Saber que vocês, enquanto Seteem e Senai CETIQT, têm essa preocupação em saber se nossa participação vai afetar diretamente ou não o nosso rendimento financeiro é muito importante, porque a gente se sente, na verdade, privilegiada de ter parceiros como esses. O curso em si será muito importante, porque a gente está cansada de chegarem pessoas com os designs criados, com as produções, e só solicitarem a confecção da renda e, no produto final, assinarem a criação da arte. Saber que nós, rendeiras, podemos agora nos tornar protagonistas desse processo, desde a criação à confecção, é muito importante”, disse
Após essa primeira fase de diagnóstico, serão realizadas dez oficinas, que funcionarão como grandes aulas, com atividades práticas e abertas para ampla participação, bastando somente se inscrever. “Posteriormente, acontecerá a fase de capacitação, quando será lançado o edital, porque precisamos do comprometimento até o final. Serão questões técnicas, como costura e modelagem para a confecção de um look ao final da capacitação”, completa Bojar.