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Terça-Feira, 25 de Junho de 2024 às 13:15:00
Empresários do setor gastronômico impulsionam negócios na Vila do Forró
Bares e restaurantes apresentam pratos tradicionais que remetem às raízes nordestinas, além de cardápio diferenciado e culinária afetiva

Os festejos juninos são uma das maiores celebrações culturais do Nordeste. Destaque para Sergipe, onde a programação festiva se estende por 60 dias, nos meses de junho e julho, promovida pelo Governo do Estado no Arraiá do Povo e na Vila do Forró, ambos na Orla da Atalaia. Ponto de encontro para quem deseja desfrutar de boa música nordestina, a cidade cenográfica Vila do Forró também se transformou num centro de diversificada gastronomia. Assim, microempreendedores e empresários locais estão aproveitando a oportunidade para alavancar os negócios, fortalecendo, também, a economia sergipana.

Na Vila do Forró, que recria um típico vilarejo nordestino, barracas decoradas apresentam uma atmosfera festiva que atrai milhares de visitantes. Ali, além de bares e restaurantes, também há um espaço voltado à economia solidária, organizado pelo Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem). Intitulado ‘Economia Solidária’, o espaço oportuniza que 17 famílias comercializem produtos alimentícios, inclusive os típicos da época junina, aumentando a visibilidade do trabalho delas, além de proporcionar uma renda extra.

O secretário de Estado do Turismo, Marcos Franco, destacou a importância de microempreendedores e empresários comercializarem os produtos deles na Vila do Forró, enfatizando que eles contribuem para o fortalecimento do turismo e da economia local. “Esses atores não apenas impulsionam a economia, mas, também, preservam e promovem a cultura regional por meio das comidas típicas, que valorizam as tradições nordestinas e atraem turistas. Além disso, a qualidade e a diversidade de cardápios disponíveis para os visitantes, sem dúvida, enriquecem a experiência dos turistas e, principalmente, fortalecem a identidade cultural da Vila do Forró”, destacou.

Delícias ofertadas

Para muitos comerciantes, a Vila do Forró é o cenário perfeito para apresentar as delícias típicas e os produtos artesanais. A microempreendedora Maria José Silva, que, no ano passado, também esteve no ‘Economia Solidária’, comemora a participação na edição de 2024. Segundo ela, nos 60 dias de festejos, vai repetir o cardápio devido ao sucesso de vendas no ano anterior. “Aqui, o cliente encontra produtos fresquinhos, feitos com muito amor, como canjica, pamonha, bolo de milho, entre outros, que são vendidos com valores entre R$ 10,00 e R$ 15,00. Sou grata ao governador Fábio Mitidieri por dar a oportunidade para a gente comercializar nossos produtos e ter uma renda extra durante os festejos juninos”, disse.

Embora os pratos tradicionais sejam protagonistas da festa, oferecendo um sabor autêntico e nostálgico que remete às raízes culturais do Nordeste, quem passa pela vila se depara com um espaço com diferenciados cardápios. Um exemplo é o comércio do empresário Marcos Garcia, voltado ao segmento de doces e salgados, e atuante no estado há 27 anos, que apresenta um diferencial entre os demais. “Trouxemos uma novidade. Além do cardápio do nosso cotidiano de festas, também criamos um kit festas, que tem tido muita saída”, comentou.

Estreante na Vila do Forró, Marcos Garcia comemora o sucesso de vendas no evento. Segundo o empresário, estar na cidade cenográfica traz boas expectativas. “Em comparação aos demais estabelecimentos, que oferecem um cardápio mais voltado às comidas típicas, a nossa empresa, que é de festas, também está tendo uma excelente saída dos produtos. Isso é uma realidade muito aprazível, pois mostra que estamos agradando nossos clientes”, destacou.

Proporcionando aos visitantes sabores que evocam memórias e emoções por meio da culinária afetiva, a empresária Dally Fonseca apresenta um cardápio dessa modalidade gastronômica na Vila do Forró. Ela leva à mesa dos visitantes pratos tradicionais do Nordeste, preparados com carinho, utilizando receitas passadas de geração em geração: desde o tradicional escondidinho de charque e o baião de dois, passando pela paçoca de carne do sol, ao cuscuz orgânico e sarapatel de carneiro.

“Sinto-me orgulhosa de ofertar para quem vem de fora e, também, para quem é daqui de Sergipe uma culinária raiz, com gosto e com orgulho de ser sergipana, por meio de pratos que remetem à infância e celebram raízes culturais e das histórias familiares. Tenho certeza de que o cliente que se deliciar com a nossa culinária afetiva vai aquecer o coração e encher a alma de alegria”, considerou Dally Fonseca.

Experimentando sabores

De Estância, no litoral sul de Sergipe, o pequeno Tom Campos, 7 anos, experimentou pela primeira vez um prato típico do Nordeste, o sarapatel de carneiro. Ele ficou encantado com o sabor. Assim, numa aprovação espontânea e sincera, o garoto destacou a riqueza e a diversidade da culinária nordestina, que, segundo ele, conquistou mais um fã devido ao sabor marcante. “Quando vi essa comida diferente, quis logo provar e adorei! Tem um gosto muito bom, forte e diferente! Esse sarapatel de carneiro poderia estar no MasterChef!”, exclamou.

Já Ademir Francisco da Silva e a esposa Júlia Aurélia Noronha residem no Rio de Janeiro e estão passeando em Sergipe desde o dia 13 de junho. Ele confessa que, embora more há anos na capital fluminense, carrega no coração a essência nordestina quando se refere ao paladar. Nascido em Recife/PE, o turista não dispensa uma boa comida nordestina. “É sempre formidável retornar a Sergipe. E nessa época, então... Em todo lugar que vamos temos a oportunidade de provar tantas delícias da comida típica nordestina, como o arrumadinho, um prato que tem um sabor maravilhoso, devido à combinação de ingredientes frescos e bem-temperados. Ao passear aqui na Vila do Forró e me deparar com tantas delícias, não tive dúvidas quanto à minha escolha por essa iguaria tão saborosa, o arrumadinho”, elogiou.