A Casa do Artesanato Sergipano é uma iniciativa desenvolvida pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), para o fomento do Artesanato Sergipano e se torna referência e será adotada pelo Governo Federal como padrão nacional. Desenvolvido com o apoio do Instituto Banese, o projeto foi apresentado nesta quinta-feira, 26, no Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), em Brasília (DF).
Com a execução do projeto dedicado ao incentivo e valorização da cultura e da tradição local por meio da produção manual, o artesanato sergipano terá uma loja direcionada exclusivamente ao trabalho produzido pelas artesãs e artesãos locais em todas as oito regiões do estado [Alto Sertão, Baixo São Francisco, Médio Sertão, Agreste, Leste, Grande Aracaju, Centro Sul e Sul]. Serão três modelos de lojas desenvolvidos em contêineres, além de uma loja máster na capital Aracaju.
“O Ministério aprovou as ações estruturadas pelo Governo do Estado de Sergipe para inserção econômica e fortalecimento do empreendedorismo, com destaque para o projeto da Casa do Artesanato Sergipano, com modelos em contêineres. Será firmado um termo de cooperação para que eles ofertem dentro dos programas o financiamento da construção da Casa do Artesanato Sergipano neste modelo em contêiner, que será adotado como padrão nacional”, elucida Jorge Teles, secretário de Estado do Trabalho, que esteve em Brasília para apresentar os projetos.
RendaVeste e Economia Criativa
Além da Casa do Artesanato Sergipano, Teles também abordou na apresentação o Projeto RendaVeste, criado com o objetivo de desenvolver a produção da Renda Irlandesa, único Patrimônio Imaterial Sergipano registrado no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Sergipe é o único lugar no mundo onde se produz a renda irlandesa na atualidade. O saber fazer desta tipologia do artesanato se perdeu na Europa e a tradição aprendida e mantida viva por rendeiras sergipanas é vista pelo Governo do Estado como um forte potencial de desenvolvimento econômico para as artesãs.
Também foram apresentados os investimentos do Estado de Sergipe para incremento da força da economia criativa local. Ações que contribuíram para que Sergipe apresentasse o melhor desempenho do Brasil na criação de postos de trabalho no setor da economia criativa, com um crescimento de 28% em 2023, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2023, o artesanato e a economia solidária comercializaram mais de R$ 3 milhões nos espaços proporcionados pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria do Trabalho. “Os projetos foram elogiados por fortalecerem o micro e pequeno empreendedor, o MEMP será parceiro em todas essas nossas ações”, comemora o secretário.
O secretário-executivo de Representação de Sergipe em Brasília, José Luciano Nascimento Lima Filho, também esteve presente na reunião e apresentou projetos do Viva SE, iniciativa que tem como objetivo despertar o sentimento de sergipanidade, por meio da implantação de espaços culturais que manifestem o legado histórico estadual. São projetos voltados para a cultura e o turismo, que também abraçam o artesanato sergipano em ações para valorização a cultura e tradição local.