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Terça-Feira, 21 de Maio de 2024 às 10:45:00
Comerciantes se preparam para aquecimento das vendas durante festejos juninos
Expectativa é impulsionar os negócios durante o mês de junho, quando acontecem os festejos realizados pelo Governo do Estado, atraindo não apenas turistas, mas também o público local

O mês de junho se aproxima e a decoração típica já toma conta das casas, ruas e estabelecimentos comerciais. O ‘país do forró’ se enfeita para a programação intensa de 60 dias de evento promovido pelo Governo de Sergipe, resultando em um aquecimento da economia local. Por todo o estado, o comércio se prepara para os festejos juninos: dos vendedores ambulantes às grandes lojas, dos profissionais autônomos aos empresários, todos vislumbram a movimentação do período para fazer uma boa renda.

Na área dos Mercados Centrais, em Aracaju, é possível observar o espírito junino se espalhando. Enquanto as bandeirolas coloridas começam a ser penduradas, as barracas estão cada vez mais paramentadas com diversos produtos típicos da época: vestidos rodados, camisas xadrez, chapéus de palha e as famosas ‘priquitinhas’, sandálias típicas de couro.

Se engana quem pensa que a preparação das lojas para o São João começa na véspera dos festejos. A vendedora Clévia dos Santos, 58 anos, comercializa no mercado há mais de duas décadas, ela relata que vem comprando os produtos desde o Carnaval. “Já estou trabalhando nisso há três meses, acreditando nas vendas e que elas vão estourar, porque todo ano, no São João, a gente vende bem, especialmente as ‘priquitinhas’”, afirma. 

A força do São João supera até mesmo outras datas comerciais, o que pode surpreender aqueles que não conhecem a força da cultura regional. Segundo confirma Alceu Lins, 66 anos, também vendedor na área dos mercados. "Aqui a gente vende mais no São João do que no Natal, porque há a tradição de se vender artigos juninos neste mês", revela. 

Força da nova geração

E se depender do padrão de vendas no período junino, essa histórica tradição tende a se perpetuar ao longo das próximas gerações. Os vendedores ressaltam que são os mais jovens os principais consumidores. Segundo Alceu, as instituições de ensino são as principais responsáveis por perpetuar a tradição. "O pessoal continua vindo porque existe uma cultura de se fazer São João nas escolas. Vem muita criança aqui. Vejo que aproximadamente 90% das nossas vendas são para as crianças que estão estudando", diz ele.

Clévia confirma essa tendência e lembra que, além das crianças, outras faixas etárias, como os adolescentes, buscam acessórios para ficarem mais bonitos nas festas, especialmente as típicas sandálias de couro. “Por conta disso, vendemos ‘priquitinhas’ que ficam para o ano todo, mas na época do São João há mais modelos típicos e específicos", comenta.

Turistas e quadrilhas

Os turistas, atraídos pelos eventos promovidos pelo Governo de Sergipe, como o Arraiá do Povo, são parte considerável do público consumidor dos produtos tradicionais. Porém, os vendedores pontuam que, apesar da grande quantidade de turistas, o público local é quem mais consome os produtos típicos, um sinal de valorização da cultura regional.

Para Clévia, esse fato tem bastante influência das quadrilhas juninas. É comum que muitos vendedores trabalhem com vendas em atacado para esses grupos, que são os grandes consumidores dos produtos típicos. "Tem muitas quadrilhas, então vendemos bastante para o interior. A gente vende em atacado para quadrilhas de Lagarto, Estância, São Cristóvão, são conjuntos de chapéus de couro, priquitinhas, roupas, coisas menores ou maiores. O número depende das quadrilhas", detalha a vendedora.

Alceu Lins lembra que muitos turistas visitam as lojas, mas, como nos lugares em que eles moram geralmente não tem esse tipo de festa, eles evitam comprar roupas para usar apenas uma vez. Por isso, o consumo de roupas acaba sendo mais concentrado no público local, enquanto os turistas buscam mais artesanatos e outros artigos que possam servir como lembranças da visita a uma terra tão acolhedora e pulsante no período do forró.

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Comerciantes se preparam para aquecimento das vendas durante festejos juninos
Expectativa é impulsionar os negócios durante o mês de junho, quando acontecem os festejos realizados pelo Governo do Estado, atraindo não apenas turistas, mas também o público local
Terça-Feira, 21 de Maio de 2024 às 10:45:00

O mês de junho se aproxima e a decoração típica já toma conta das casas, ruas e estabelecimentos comerciais. O ‘país do forró’ se enfeita para a programação intensa de 60 dias de evento promovido pelo Governo de Sergipe, resultando em um aquecimento da economia local. Por todo o estado, o comércio se prepara para os festejos juninos: dos vendedores ambulantes às grandes lojas, dos profissionais autônomos aos empresários, todos vislumbram a movimentação do período para fazer uma boa renda.

Na área dos Mercados Centrais, em Aracaju, é possível observar o espírito junino se espalhando. Enquanto as bandeirolas coloridas começam a ser penduradas, as barracas estão cada vez mais paramentadas com diversos produtos típicos da época: vestidos rodados, camisas xadrez, chapéus de palha e as famosas ‘priquitinhas’, sandálias típicas de couro.

Se engana quem pensa que a preparação das lojas para o São João começa na véspera dos festejos. A vendedora Clévia dos Santos, 58 anos, comercializa no mercado há mais de duas décadas, ela relata que vem comprando os produtos desde o Carnaval. “Já estou trabalhando nisso há três meses, acreditando nas vendas e que elas vão estourar, porque todo ano, no São João, a gente vende bem, especialmente as ‘priquitinhas’”, afirma. 

A força do São João supera até mesmo outras datas comerciais, o que pode surpreender aqueles que não conhecem a força da cultura regional. Segundo confirma Alceu Lins, 66 anos, também vendedor na área dos mercados. "Aqui a gente vende mais no São João do que no Natal, porque há a tradição de se vender artigos juninos neste mês", revela. 

Força da nova geração

E se depender do padrão de vendas no período junino, essa histórica tradição tende a se perpetuar ao longo das próximas gerações. Os vendedores ressaltam que são os mais jovens os principais consumidores. Segundo Alceu, as instituições de ensino são as principais responsáveis por perpetuar a tradição. "O pessoal continua vindo porque existe uma cultura de se fazer São João nas escolas. Vem muita criança aqui. Vejo que aproximadamente 90% das nossas vendas são para as crianças que estão estudando", diz ele.

Clévia confirma essa tendência e lembra que, além das crianças, outras faixas etárias, como os adolescentes, buscam acessórios para ficarem mais bonitos nas festas, especialmente as típicas sandálias de couro. “Por conta disso, vendemos ‘priquitinhas’ que ficam para o ano todo, mas na época do São João há mais modelos típicos e específicos", comenta.

Turistas e quadrilhas

Os turistas, atraídos pelos eventos promovidos pelo Governo de Sergipe, como o Arraiá do Povo, são parte considerável do público consumidor dos produtos tradicionais. Porém, os vendedores pontuam que, apesar da grande quantidade de turistas, o público local é quem mais consome os produtos típicos, um sinal de valorização da cultura regional.

Para Clévia, esse fato tem bastante influência das quadrilhas juninas. É comum que muitos vendedores trabalhem com vendas em atacado para esses grupos, que são os grandes consumidores dos produtos típicos. "Tem muitas quadrilhas, então vendemos bastante para o interior. A gente vende em atacado para quadrilhas de Lagarto, Estância, São Cristóvão, são conjuntos de chapéus de couro, priquitinhas, roupas, coisas menores ou maiores. O número depende das quadrilhas", detalha a vendedora.

Alceu Lins lembra que muitos turistas visitam as lojas, mas, como nos lugares em que eles moram geralmente não tem esse tipo de festa, eles evitam comprar roupas para usar apenas uma vez. Por isso, o consumo de roupas acaba sendo mais concentrado no público local, enquanto os turistas buscam mais artesanatos e outros artigos que possam servir como lembranças da visita a uma terra tão acolhedora e pulsante no período do forró.