Na manhã desta quinta-feira, 13, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual da Saúde (Funesa) e a Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP/SE), reuniu profissionais de saúde que atuam em hospitais e centros de especialidades do Sistema Único de Saúde (SUS) para uma capacitação focada no atendimento à população LGBTQIAPN+. O evento, ocorrido no auditório da SES, destacou a importância de qualificar o atendimento e a assistência oferecida a essa população.
A capacitação tem como objetivo garantir que os profissionais de saúde coloquem em prática seus conhecimentos teóricos sem deixar de oferecer um acolhimento adequado a cada indivíduo, respeitando suas necessidades específicas.
De acordo com a referência técnica em Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Janaína Noronha, o objetivo da SES com a realização da qualificação é destacar a importância de um atendimento humanizado e de qualidade. “Muitas pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ enfrentam preconceito ao buscar atendimento nas unidades de saúde, encontrando dificuldades até mesmo para serem chamadas pelo nome que escolheram. Essa questão muitas vezes não é abordada nas universidades durante a formação dos profissionais, permitindo que crenças pessoais interfiram no atendimento”, explicou.
Ainda de acordo com Janaína, é crucial que os profissionais de saúde vejam os pacientes como pessoas que necessitam ser tratadas conforme sua identidade e orientação sexual, sem interferir nesses aspectos. “No Hospital Universitário de Lagarto existe um ambulatório de atendimento multidisciplinar específico para a população LGBTQIAPN+, com assistência a consultas, ao acompanhamento pré e pós-cirúrgico e à hormonioterapia”, destacou.
Segundo a psicóloga e palestrante do evento, Lidiane Drapala, a capacitação contínua dos profissionais de saúde é essencial, considerando que estamos em constante processo de modificação. “Nos últimos 15 anos houve um crescimento significativo das discussões sobre questões de gênero e orientação sexual na internet, permitindo que muitos jovens e pessoas idosas se assumissem. No entanto, as formações profissionais ainda não contemplam adequadamente esse conteúdo, resultando em pouca teoria e prática para lidar com essa população” revelou.
Lidiane explica que investir em educação inclusiva é crucial para reduzir a miséria e promover o progresso em todos os âmbitos da vida social. “O ambiente de saúde deve ser um espaço de desabafo para aqueles que sofrem violência intrafamiliar e escolar. A educação é a chave para mudanças significativas. Em 2024, vemos crianças acolhendo naturalmente famílias com duas mães ou dois pais, mostrando que uma educação inclusiva pode eliminar a confusão e constrangimento presentes nos adultos”, pontuou.
O enfermeiro e coordenador do Núcleo de Segurança do Paciente do Hospital São José, Antônio Araujo, participou da capacitação e falou sobre a importância dela no seu dia a dia. “Somos um serviço de referência no atendimento a pacientes em surto mental. Acolhemos muitos pacientes que fazem parte da comunidade LGBTQIAPN+, que merecem ser acolhidos da melhor forma possível, seguindo os preceitos que o SUS estabelece”, informou.
A enfermeira Gilvanete Santana destacou a importância contínua da capacitação dentro do calendário de ações da SES. “Esse treinamento é essencial para que os profissionais de saúde possam oferecer atendimento de alta qualidade aos usuários, refletindo o cuidado necessário. Com a evolução constante nos estudos, é crucial que os profissionais se submetam a essa educação contínua, como parte do compromisso da SES em promover melhorias na assistência à saúde”, ressaltou.
Canais de denúncias
Entender quem cometeu a violência e negligenciou o atendimento é fundamental. Existem dispositivos como as ouvidorias da SES, por meio do Disque Saúde no número 136 e o Ministério Público com promotorias específicas e os conselhos de classe para profissionais da saúde onde denúncias podem ser feitas.
Na manhã desta quinta-feira, 13, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual da Saúde (Funesa) e a Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP/SE), reuniu profissionais de saúde que atuam em hospitais e centros de especialidades do Sistema Único de Saúde (SUS) para uma capacitação focada no atendimento à população LGBTQIAPN+. O evento, ocorrido no auditório da SES, destacou a importância de qualificar o atendimento e a assistência oferecida a essa população.
A capacitação tem como objetivo garantir que os profissionais de saúde coloquem em prática seus conhecimentos teóricos sem deixar de oferecer um acolhimento adequado a cada indivíduo, respeitando suas necessidades específicas.
De acordo com a referência técnica em Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Janaína Noronha, o objetivo da SES com a realização da qualificação é destacar a importância de um atendimento humanizado e de qualidade. “Muitas pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ enfrentam preconceito ao buscar atendimento nas unidades de saúde, encontrando dificuldades até mesmo para serem chamadas pelo nome que escolheram. Essa questão muitas vezes não é abordada nas universidades durante a formação dos profissionais, permitindo que crenças pessoais interfiram no atendimento”, explicou.
Ainda de acordo com Janaína, é crucial que os profissionais de saúde vejam os pacientes como pessoas que necessitam ser tratadas conforme sua identidade e orientação sexual, sem interferir nesses aspectos. “No Hospital Universitário de Lagarto existe um ambulatório de atendimento multidisciplinar específico para a população LGBTQIAPN+, com assistência a consultas, ao acompanhamento pré e pós-cirúrgico e à hormonioterapia”, destacou.
Segundo a psicóloga e palestrante do evento, Lidiane Drapala, a capacitação contínua dos profissionais de saúde é essencial, considerando que estamos em constante processo de modificação. “Nos últimos 15 anos houve um crescimento significativo das discussões sobre questões de gênero e orientação sexual na internet, permitindo que muitos jovens e pessoas idosas se assumissem. No entanto, as formações profissionais ainda não contemplam adequadamente esse conteúdo, resultando em pouca teoria e prática para lidar com essa população” revelou.
Lidiane explica que investir em educação inclusiva é crucial para reduzir a miséria e promover o progresso em todos os âmbitos da vida social. “O ambiente de saúde deve ser um espaço de desabafo para aqueles que sofrem violência intrafamiliar e escolar. A educação é a chave para mudanças significativas. Em 2024, vemos crianças acolhendo naturalmente famílias com duas mães ou dois pais, mostrando que uma educação inclusiva pode eliminar a confusão e constrangimento presentes nos adultos”, pontuou.
O enfermeiro e coordenador do Núcleo de Segurança do Paciente do Hospital São José, Antônio Araujo, participou da capacitação e falou sobre a importância dela no seu dia a dia. “Somos um serviço de referência no atendimento a pacientes em surto mental. Acolhemos muitos pacientes que fazem parte da comunidade LGBTQIAPN+, que merecem ser acolhidos da melhor forma possível, seguindo os preceitos que o SUS estabelece”, informou.
A enfermeira Gilvanete Santana destacou a importância contínua da capacitação dentro do calendário de ações da SES. “Esse treinamento é essencial para que os profissionais de saúde possam oferecer atendimento de alta qualidade aos usuários, refletindo o cuidado necessário. Com a evolução constante nos estudos, é crucial que os profissionais se submetam a essa educação contínua, como parte do compromisso da SES em promover melhorias na assistência à saúde”, ressaltou.
Canais de denúncias
Entender quem cometeu a violência e negligenciou o atendimento é fundamental. Existem dispositivos como as ouvidorias da SES, por meio do Disque Saúde no número 136 e o Ministério Público com promotorias específicas e os conselhos de classe para profissionais da saúde onde denúncias podem ser feitas.