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Quinta-Feira, 22 de Agosto de 2024 às 14:45:00
ITPS alerta sobre riscos de corpos estranhos em alimentos
Durante análises, o instituto identificou que muitos alimentos ainda apresentam níveis de contaminação que não estão de acordo com a legislação

O Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS), órgão vinculado à Secretaria do Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), chama a atenção para os riscos associados à presença de corpos estranhos em alimentos, que podem causar danos à saúde dos consumidores. Embora exista uma regulamentação específica que estabelece limites de tolerância, o ITPS tem observado, por meio das análises de rotina, que muitos alimentos ainda apresentam níveis de contaminação que estão em desacordo com os limites de tolerância permitidos pela legislação.

Os alimentos mais comumente analisados pelo ITPS incluem massas de milho, farinhas diversas, doces, comidas prontas para consumo, laticínios e café. Nas análises realizadas pelo instituto, já foram encontrados fragmentos como pedaços de vidro, plástico, segmentos de insetos e aracnídeos, insetos inteiros e pelos mamíferos.

A coordenadora do Laboratório de Microbiologia do ITPS e doutora em Biotecnologia, Rejane Batista, enfatiza que a presença desses corpos estranhos em alimentos não só representa um risco direto à saúde dos consumidores, como também é indicativa de falhas nas boas práticas de produção e manipulação dos alimentos. 

"Esses contaminantes podem causar sérias complicações, desde intoxicações até alergias, além de indicarem que os processos de controle de qualidade não estão sendo devidamente seguidos. É fundamental que as indústrias alimentícias se comprometam a revisar seus procedimentos e adotem medidas rigorosas para garantir a segurança dos produtos que chegam à mesa do consumidor", afirma a coordenadora.

Conforme a Resolução RDC nº 623, de 9 de março de 2022, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), são definidos os limites para a presença de matérias estranhas em alimentos, assim como os princípios gerais para o seu estabelecimento e os métodos de análise para avaliação de conformidade. No entanto, mesmo com a existência dessa normativa, casos de contaminação continuam a ser detectados, preocupando tanto produtores e indústrias de alimentos quanto consumidores que se sentem lesados ao consumir produtos contaminados. 

Um exemplo que ilustra os parâmetros estabelecidos pela regulamentação é a permissão para a presença de até 300 fragmentos de insetos em 25 gramas de chá de menta ou hortelã, conforme estipulado pela resolução vigente. “Esse número reflete a complexidade do processo de produção de alimentos e a necessidade de estabelecer limites que garantam a segurança do consumidor sem comprometer a viabilidade prática da produção em larga escala”, explica Rejane.

Entenda

Mesmo dentro dos padrões estabelecidos, a presença de corpos estranhos pode representar um risco à saúde, especialmente de crianças, idosos e pessoas com condições de saúde específicas. “Embora os casos graves sejam raros, é possível que pequenas partículas passem despercebidas e acabam sendo consumidas. Isso reforça a importância de observar atentamente os alimentos antes de consumi-los”, destaca.

A coordenadora orienta ainda que os consumidores podem desempenhar um papel importante na segurança alimentar ao adotarem algumas práticas. Segundo ela, a inspeção visual é importante e recomenda que o consumidor sempre verifique a aparência dos alimentos antes de consumi-los. O alerta é para que seja observado se as embalagens estão danificadas ou anormais, pois esses sinais podem indicar se no conteúdo há presença de corpos estranhos. “Além disso, caso se depare com qualquer corpo estranho em um produto alimentício, é necessário relatar o incidente ao serviço de atendimento ao consumidor do fabricante e aos órgãos competentes”, orienta.

Pequenas indústrias e produtores de alimentos manufaturados têm um papel vital na cadeia de produção e segurança alimentar. A presença de corpos estranhos, mesmo em pequenas quantidades, pode comprometer a confiança do consumidor e a integridade de sua marca. “Além disso, considere realizar análises periódicas de microscopia no laboratório de microbiologia do ITPS. Essas análises são capazes de identificar a presença de corpos estranhos não visíveis a olho nu, assegurando que seus produtos atendam aos mais altos padrões de segurança e qualidade”, explica o diretor-presidente do ITPS, Denisson Salustiano.

Serviço

Para solicitar os serviços do ITPS, é necessário buscar o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), presencialmente na Rua Vila Cristina, bairro 13 de Julho, em Aracaju; por meio do telefone (79) 3198-8811 e 99191-3042; ou do e-mail sac@itps.se.gov.br.

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ITPS alerta sobre riscos de corpos estranhos em alimentos
Durante análises, o instituto identificou que muitos alimentos ainda apresentam níveis de contaminação que não estão de acordo com a legislação
Quinta-Feira, 22 de Agosto de 2024 às 14:45:00

O Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS), órgão vinculado à Secretaria do Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), chama a atenção para os riscos associados à presença de corpos estranhos em alimentos, que podem causar danos à saúde dos consumidores. Embora exista uma regulamentação específica que estabelece limites de tolerância, o ITPS tem observado, por meio das análises de rotina, que muitos alimentos ainda apresentam níveis de contaminação que estão em desacordo com os limites de tolerância permitidos pela legislação.

Os alimentos mais comumente analisados pelo ITPS incluem massas de milho, farinhas diversas, doces, comidas prontas para consumo, laticínios e café. Nas análises realizadas pelo instituto, já foram encontrados fragmentos como pedaços de vidro, plástico, segmentos de insetos e aracnídeos, insetos inteiros e pelos mamíferos.

A coordenadora do Laboratório de Microbiologia do ITPS e doutora em Biotecnologia, Rejane Batista, enfatiza que a presença desses corpos estranhos em alimentos não só representa um risco direto à saúde dos consumidores, como também é indicativa de falhas nas boas práticas de produção e manipulação dos alimentos. 

"Esses contaminantes podem causar sérias complicações, desde intoxicações até alergias, além de indicarem que os processos de controle de qualidade não estão sendo devidamente seguidos. É fundamental que as indústrias alimentícias se comprometam a revisar seus procedimentos e adotem medidas rigorosas para garantir a segurança dos produtos que chegam à mesa do consumidor", afirma a coordenadora.

Conforme a Resolução RDC nº 623, de 9 de março de 2022, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), são definidos os limites para a presença de matérias estranhas em alimentos, assim como os princípios gerais para o seu estabelecimento e os métodos de análise para avaliação de conformidade. No entanto, mesmo com a existência dessa normativa, casos de contaminação continuam a ser detectados, preocupando tanto produtores e indústrias de alimentos quanto consumidores que se sentem lesados ao consumir produtos contaminados. 

Um exemplo que ilustra os parâmetros estabelecidos pela regulamentação é a permissão para a presença de até 300 fragmentos de insetos em 25 gramas de chá de menta ou hortelã, conforme estipulado pela resolução vigente. “Esse número reflete a complexidade do processo de produção de alimentos e a necessidade de estabelecer limites que garantam a segurança do consumidor sem comprometer a viabilidade prática da produção em larga escala”, explica Rejane.

Entenda

Mesmo dentro dos padrões estabelecidos, a presença de corpos estranhos pode representar um risco à saúde, especialmente de crianças, idosos e pessoas com condições de saúde específicas. “Embora os casos graves sejam raros, é possível que pequenas partículas passem despercebidas e acabam sendo consumidas. Isso reforça a importância de observar atentamente os alimentos antes de consumi-los”, destaca.

A coordenadora orienta ainda que os consumidores podem desempenhar um papel importante na segurança alimentar ao adotarem algumas práticas. Segundo ela, a inspeção visual é importante e recomenda que o consumidor sempre verifique a aparência dos alimentos antes de consumi-los. O alerta é para que seja observado se as embalagens estão danificadas ou anormais, pois esses sinais podem indicar se no conteúdo há presença de corpos estranhos. “Além disso, caso se depare com qualquer corpo estranho em um produto alimentício, é necessário relatar o incidente ao serviço de atendimento ao consumidor do fabricante e aos órgãos competentes”, orienta.

Pequenas indústrias e produtores de alimentos manufaturados têm um papel vital na cadeia de produção e segurança alimentar. A presença de corpos estranhos, mesmo em pequenas quantidades, pode comprometer a confiança do consumidor e a integridade de sua marca. “Além disso, considere realizar análises periódicas de microscopia no laboratório de microbiologia do ITPS. Essas análises são capazes de identificar a presença de corpos estranhos não visíveis a olho nu, assegurando que seus produtos atendam aos mais altos padrões de segurança e qualidade”, explica o diretor-presidente do ITPS, Denisson Salustiano.

Serviço

Para solicitar os serviços do ITPS, é necessário buscar o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), presencialmente na Rua Vila Cristina, bairro 13 de Julho, em Aracaju; por meio do telefone (79) 3198-8811 e 99191-3042; ou do e-mail sac@itps.se.gov.br.