O Programa de Atenção Psicossocial (Acolher), da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), está completando um ano de existência, com motivos de sobra para comemorar. Nesse período, foram realizados mais de 1.500 atendimentos na rede pública estadual de ensino, que impactam positivamente na vida de alunos, professores e servidores. Em 2023, de agosto até dezembro, foi investido um total de R$ 1.216.490,64. Até o final de 2024, estão previstos outros R$ 4 milhões de investimentos no programa.
O ‘Acolher’ oferta a escuta dos estudantes, professores e servidores, além de possibilitar a construção de narrativas positivas, gerando bem-estar no ambiente escolar, a exemplo do estudante monitor do Centro de Excelência Senador Walter Franco, Diogo Teixeira, que destaca a importância do programa em sua vida. “O ‘Acolher’ possibilitou com que eu acreditasse em mim; que eu teria um futuro brilhante. Ele serviu como um apoio para que eu não tivesse um retrocesso na minha saúde mental”, salienta.
O aluno Guilherme Lourenço Alves da Silva, do 9º ano do ensino fundamental do Colégio Estadual 8 de Julho, também faz uma avaliação positiva do programa. “Este é o meu primeiro ano na escola e as profissionais do ‘Acolher’ me ajudaram muito na adaptação nesse novo ambiente”, reforça.
Para Marize de Araújo Silva, avó de Guilherme, a presença dos profissionais do programa é essencial na resolução de conflitos na vida escolar, mas, sobretudo, no processo de adaptação de novos alunos. “Estou responsável pelo meu neto. Ele frequentava outra escola, mas por recomendação de outros três netos que já estudaram aqui, decidi mudá-lo de ambiente. Penso que nesta escola ele foi bem acolhido e a sua relação com os colegas e professores melhorou bastante”, afirma.
O diretor do Colégio Estadual 8 de Julho, João Roberto Marques Cordeiro, explica que o Programa Acolher tem atuado em duas frentes na sua escola: com atendimentos pontuais individualizados e com atendimentos coletivos. “Podemos dizer que existem, na escola, um antes e um depois da presença do ‘Acolher’. No caso dos atendimentos pontuais, os profissionais ajudam na identificação de alunos neuroatípicos e auxiliam os familiares a buscar tratamento gratuito. Já nos atendimentos coletivos, são trabalhados temas relevantes, a exemplo do Setembro Amarelo e do bullying no ambiente escolar. Em todos os casos, acredito que o programa nos possibilita tratar de temas latentes de forma mais profissional e acolhedora”.
O secretário de Estado da Educação e da Cultura, Zezinho Sobral, destaca que o Programa Acolher faz a diferença na vida da comunidade escolar. “É o maior e mais completo programa presencial de psicólogos e assistentes sociais nas escolas sergipanas. É uma ação de presença marcante, determinante e inclusiva. Cuidar da saúde mental dos nossos estudantes e equipes é fortalecer a Educação. É um compromisso firmado e cumprido pelo Governo de Sergipe por saber que a escola precisa ser um ambiente seguro e acolhedor para nossas crianças e adolescentes crescerem e se desenvolverem. O Acolher tem um grande time dedicado em todas as diretorias regionais, e os resultados dessa importante política pública mostram que estamos no caminho certo", enfatiza.
Acolhimento e cuidado
O programa Acolher é uma iniciativa pioneira do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), que visa a promover a assistência coletiva nas escolas da rede estadual e nas diretorias regionais de educação. Atualmente, conta com a presença de 60 psicólogos e 35 assistentes sociais, correspondendo ao total de 95 profissionais distribuídos nas 10 diretorias regionais de educação.
Todas as regionais têm equipes multiprofissionais que orientam as unidades escolares. Essas equipes, formadas por psicólogos e assistentes sociais, realizam a orientação psicossocial aos estudantes, professores, gestores e demais servidores, fornecendo apoio emocional, social e educacional para toda a comunidade escolar.
O gestor da Diretoria Regional de Educação do Agreste Central Sergipano (DRE 3), Gladston dos Santos, comenta que o ‘Acolher’ tem apresentado resultados significativos na vida dos alunos, professores e servidores. “A equipe psicossocial está presente nas jornadas pedagógicas, nas reuniões de pais, em visitas domiciliares ou comemorações afins durante a semana e de forma intensa. Inclusive, todas as sextas-feiras as profissionais promovem encontros para a troca de experiências, e isso faz com que o programa se solidifique e avance positivamente”, destaca.
O diretor do Serviço de Planejamento e Ensino (Seplen) da Diretoria Regional de Educação 1, Antônio Neto, ressalta que o programa foi um divisor de águas na comunidade escolar. “A chegada dos psicólogos e assistentes sociais era uma grande necessidade e foi aguardada com muita ansiedade e entusiasmo, pois tínhamos esperança do quanto eles iriam contribuir com todo o processo, inclusive para um ambiente mais saudável e acolhedor, mais favorável para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem. O ‘Acolher' reforça e fortalece a rede de apoio tão essencial em tempos atuais no contexto das nossas escolas e nosso público”, afirma.
Para o coordenador do ‘Acolher’, professor Pedro de Santana, o programa representa a possibilidade de compreender o estudante em sua integralidade. “Com o ‘Acolher’, todos podem expressar suas emoções, dialogar sobre seus medos e se sentir acolhidos em suas angústias. Por meio dele, a pauta dos Direitos Humanos enriquece o currículo escolar e insere a educação socioemocional como uma importante vertente que está presente na Base Nacional Comum Curricular, ressalta.
Metodologia
As demandas atendidas pelo ‘Acolher’ são informadas pela gestão escolar por meio do Sistema de Registro de Ocorrência Escolar (ROE). Assim que há o registro do episódio, os profissionais recebem a demanda e iniciam o trabalho de acolhimento. Além de cuidar dos episódios de violência ou violação de direitos, são realizadas ações de promoção de enfrentamento ao bullying e cyberbullying, preconceito étnico-racial, situações de homofobia, transfobia, misoginia e temáticas relacionadas ao Plano Nacional de Educação para os Direitos Humanos.
A diretora do Departamento de Apoio ao Sistema Educacional (Dase), Eliane Passos, salienta que o programa trouxe, desde o princípio, o sentimento de que se estava entregando um serviço de qualidade para a comunidade escolar. “Neste primeiro ano nós criamos o ROE que tem contribuído muito para entendermos os índices que são gerados, mas, principalmente, para identificarmos o que ainda precisa ser feito. Então, hoje, a gente percebe a necessidade de rever alguns processos iniciais para aprimorar o serviço que está sendo prestado à comunidade escolar. Portanto, avalio que este primeiro ano foi de aprendizado, de colher os primeiros frutos, mas, sobretudo, de reconhecer que era isso que estávamos precisando”, avalia.
A chefe do Serviço de Direitos Humanos da Seduc, Adriane Damascena, acrescenta que a presença de profissionais de psicologia e de serviço social no ambiente escolar tem contribuído fortemente para a melhoria dos relacionamentos interpessoais e para a promoção da qualidade do processo ensino-aprendizagem, de maneira articulada com o processo pedagógico. “Um aspecto que precisa ser destacado com a instituição do programa é o fortalecimento da garantia dos direitos da criança e dos adolescentes pelo crescente acompanhamento das demandas e soluções apresentadas, inclusive por meio da aproximação com a rede de proteção social no território, aspectos fundamentais para a consolidação de uma educação para os direitos humanos e da cidadania”, frisa.
O programa tem uma parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), por meio dos Departamentos de Psicologia e Serviço Social, objetivando a formação continuada dos psicólogos e assistentes sociais. Nessa parceria, será realizada a implantação do Observatório das Violências e Conflitos Sociais, na perspectiva de realizar diagnóstico junto aos estudantes sobre as violências praticadas ou percebidas, de modo que sejam pensadas ações articuladas com a Rede de Proteção para garantir os direitos e deveres dos estudantes.
O Programa de Atenção Psicossocial (Acolher), da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), está completando um ano de existência, com motivos de sobra para comemorar. Nesse período, foram realizados mais de 1.500 atendimentos na rede pública estadual de ensino, que impactam positivamente na vida de alunos, professores e servidores. Em 2023, de agosto até dezembro, foi investido um total de R$ 1.216.490,64. Até o final de 2024, estão previstos outros R$ 4 milhões de investimentos no programa.
O ‘Acolher’ oferta a escuta dos estudantes, professores e servidores, além de possibilitar a construção de narrativas positivas, gerando bem-estar no ambiente escolar, a exemplo do estudante monitor do Centro de Excelência Senador Walter Franco, Diogo Teixeira, que destaca a importância do programa em sua vida. “O ‘Acolher’ possibilitou com que eu acreditasse em mim; que eu teria um futuro brilhante. Ele serviu como um apoio para que eu não tivesse um retrocesso na minha saúde mental”, salienta.
O aluno Guilherme Lourenço Alves da Silva, do 9º ano do ensino fundamental do Colégio Estadual 8 de Julho, também faz uma avaliação positiva do programa. “Este é o meu primeiro ano na escola e as profissionais do ‘Acolher’ me ajudaram muito na adaptação nesse novo ambiente”, reforça.
Para Marize de Araújo Silva, avó de Guilherme, a presença dos profissionais do programa é essencial na resolução de conflitos na vida escolar, mas, sobretudo, no processo de adaptação de novos alunos. “Estou responsável pelo meu neto. Ele frequentava outra escola, mas por recomendação de outros três netos que já estudaram aqui, decidi mudá-lo de ambiente. Penso que nesta escola ele foi bem acolhido e a sua relação com os colegas e professores melhorou bastante”, afirma.
O diretor do Colégio Estadual 8 de Julho, João Roberto Marques Cordeiro, explica que o Programa Acolher tem atuado em duas frentes na sua escola: com atendimentos pontuais individualizados e com atendimentos coletivos. “Podemos dizer que existem, na escola, um antes e um depois da presença do ‘Acolher’. No caso dos atendimentos pontuais, os profissionais ajudam na identificação de alunos neuroatípicos e auxiliam os familiares a buscar tratamento gratuito. Já nos atendimentos coletivos, são trabalhados temas relevantes, a exemplo do Setembro Amarelo e do bullying no ambiente escolar. Em todos os casos, acredito que o programa nos possibilita tratar de temas latentes de forma mais profissional e acolhedora”.
O secretário de Estado da Educação e da Cultura, Zezinho Sobral, destaca que o Programa Acolher faz a diferença na vida da comunidade escolar. “É o maior e mais completo programa presencial de psicólogos e assistentes sociais nas escolas sergipanas. É uma ação de presença marcante, determinante e inclusiva. Cuidar da saúde mental dos nossos estudantes e equipes é fortalecer a Educação. É um compromisso firmado e cumprido pelo Governo de Sergipe por saber que a escola precisa ser um ambiente seguro e acolhedor para nossas crianças e adolescentes crescerem e se desenvolverem. O Acolher tem um grande time dedicado em todas as diretorias regionais, e os resultados dessa importante política pública mostram que estamos no caminho certo", enfatiza.
Acolhimento e cuidado
O programa Acolher é uma iniciativa pioneira do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), que visa a promover a assistência coletiva nas escolas da rede estadual e nas diretorias regionais de educação. Atualmente, conta com a presença de 60 psicólogos e 35 assistentes sociais, correspondendo ao total de 95 profissionais distribuídos nas 10 diretorias regionais de educação.
Todas as regionais têm equipes multiprofissionais que orientam as unidades escolares. Essas equipes, formadas por psicólogos e assistentes sociais, realizam a orientação psicossocial aos estudantes, professores, gestores e demais servidores, fornecendo apoio emocional, social e educacional para toda a comunidade escolar.
O gestor da Diretoria Regional de Educação do Agreste Central Sergipano (DRE 3), Gladston dos Santos, comenta que o ‘Acolher’ tem apresentado resultados significativos na vida dos alunos, professores e servidores. “A equipe psicossocial está presente nas jornadas pedagógicas, nas reuniões de pais, em visitas domiciliares ou comemorações afins durante a semana e de forma intensa. Inclusive, todas as sextas-feiras as profissionais promovem encontros para a troca de experiências, e isso faz com que o programa se solidifique e avance positivamente”, destaca.
O diretor do Serviço de Planejamento e Ensino (Seplen) da Diretoria Regional de Educação 1, Antônio Neto, ressalta que o programa foi um divisor de águas na comunidade escolar. “A chegada dos psicólogos e assistentes sociais era uma grande necessidade e foi aguardada com muita ansiedade e entusiasmo, pois tínhamos esperança do quanto eles iriam contribuir com todo o processo, inclusive para um ambiente mais saudável e acolhedor, mais favorável para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem. O ‘Acolher' reforça e fortalece a rede de apoio tão essencial em tempos atuais no contexto das nossas escolas e nosso público”, afirma.
Para o coordenador do ‘Acolher’, professor Pedro de Santana, o programa representa a possibilidade de compreender o estudante em sua integralidade. “Com o ‘Acolher’, todos podem expressar suas emoções, dialogar sobre seus medos e se sentir acolhidos em suas angústias. Por meio dele, a pauta dos Direitos Humanos enriquece o currículo escolar e insere a educação socioemocional como uma importante vertente que está presente na Base Nacional Comum Curricular, ressalta.
Metodologia
As demandas atendidas pelo ‘Acolher’ são informadas pela gestão escolar por meio do Sistema de Registro de Ocorrência Escolar (ROE). Assim que há o registro do episódio, os profissionais recebem a demanda e iniciam o trabalho de acolhimento. Além de cuidar dos episódios de violência ou violação de direitos, são realizadas ações de promoção de enfrentamento ao bullying e cyberbullying, preconceito étnico-racial, situações de homofobia, transfobia, misoginia e temáticas relacionadas ao Plano Nacional de Educação para os Direitos Humanos.
A diretora do Departamento de Apoio ao Sistema Educacional (Dase), Eliane Passos, salienta que o programa trouxe, desde o princípio, o sentimento de que se estava entregando um serviço de qualidade para a comunidade escolar. “Neste primeiro ano nós criamos o ROE que tem contribuído muito para entendermos os índices que são gerados, mas, principalmente, para identificarmos o que ainda precisa ser feito. Então, hoje, a gente percebe a necessidade de rever alguns processos iniciais para aprimorar o serviço que está sendo prestado à comunidade escolar. Portanto, avalio que este primeiro ano foi de aprendizado, de colher os primeiros frutos, mas, sobretudo, de reconhecer que era isso que estávamos precisando”, avalia.
A chefe do Serviço de Direitos Humanos da Seduc, Adriane Damascena, acrescenta que a presença de profissionais de psicologia e de serviço social no ambiente escolar tem contribuído fortemente para a melhoria dos relacionamentos interpessoais e para a promoção da qualidade do processo ensino-aprendizagem, de maneira articulada com o processo pedagógico. “Um aspecto que precisa ser destacado com a instituição do programa é o fortalecimento da garantia dos direitos da criança e dos adolescentes pelo crescente acompanhamento das demandas e soluções apresentadas, inclusive por meio da aproximação com a rede de proteção social no território, aspectos fundamentais para a consolidação de uma educação para os direitos humanos e da cidadania”, frisa.
O programa tem uma parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), por meio dos Departamentos de Psicologia e Serviço Social, objetivando a formação continuada dos psicólogos e assistentes sociais. Nessa parceria, será realizada a implantação do Observatório das Violências e Conflitos Sociais, na perspectiva de realizar diagnóstico junto aos estudantes sobre as violências praticadas ou percebidas, de modo que sejam pensadas ações articuladas com a Rede de Proteção para garantir os direitos e deveres dos estudantes.