O Arquivo Público de Sergipe (Apes), instituição vinculada à Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), realizou nesta terça-feira, 4, uma oficina de história para estudantes do Centro de Excelência Vitória de Santa Maria, em Aracaju. O encontro teve o objetivo de apresentar o Arquivo Público como uma instituição para além do arquivamento de documentos, mas aberto e acessível à visitação da sociedade, como espaço cultural e de memória.
A oficina fez parte da programação da 8ª Semana Nacional dos Arquivos, iniciada na segunda-feira, 3, em todo o Brasil, com o tema ‘Arquivos Acessíveis’. Como o tema propôs, o primeiro momento da oficina levou os alunos a conhecerem a funcionalidade de um arquivo público, por que e para que ele foi fundado, quais as perspectivas para o futuro, ou seja, todos os detalhes de uma instituição imbuída em arquivar os documentos do estado, mas que ao longo da história vem se transformando em instituição cultural de memória.
A diretora do Apes, Sayonara Rodrigues, abriu a oficina e lembrou que o Arquivo Público de Sergipe é dinâmico, vivo; está aberto à sociedade sergipana em suas múltiplas nuances de acessibilidade, seja na procura por documentos salvaguardados pelo Apes, seja por curiosidade ou de resgate da própria história sergipana. “É levar o sergipano a entrar na atmosfera da sua história para que ele se sinta partícipe disso tudo. Esse processo de identidade da sociedade sergipana perpassa por essas instituições documentais e culturais. Queremos criar e fortalecer essa sergipanidade”, afirmou.
No segundo momento da oficina, os 35 alunos participaram de uma aula prática sobre um documento histórico. Técnicos do Apes distribuíram um documento da coleção ‘Escravos’, que contém uma ‘Lista de escravos para serem libertos pelo Fundo de Emancipação’ do município de Propriá, datado de 1874, vinculado à Lei do Ventre Livre.
Para o estudante do 3º ano Wesley Rodrigues, visitas a instituições históricas e culturais são proveitosas, já que, segundo ele, em espaços como esses está a capacidade e inteligência humana de prevalecer sobre a ignorância e os preconceitos. “Eu acredito que a ascensão humana é derivada do conhecimento, e na ignorância estão os preconceitos. Então, arquivos e bibliotecas dão à razão humana a capacidade de prevalecer sobre os preconceitos”, disse.
A aluna do 1º ano do ensino médio Ana Carolina disse que visitas como essas complementam os estudos de sala de aula de uma forma bem mais atraente. “Gostei muito das explicações sobre o documento e saber mais sobre o tempo dos escravizados”, afirmou.
Os alunos perguntaram sobre digitalização e restauração de documentos, sobre as especialidades profissionais que podem trabalhar com arquivologia e memória e como fazer visitas à biblioteca e a outros espaços do Arquivo Público de Sergipe. Também observaram uma exposição sobre a temática dos Xocó, com documentos da pesquisadora Beatriz Góis Dantas.
As visitas podem ser agendadas por meio do telefone 79 3179 1908 ou pelo e-mail apes@seduc.se.gov.br ou via perfil institucional do Instagram @apesseduc. O Arquivo Público está aberto de segunda a sexta-feira, no horário das 8h às 17h, e não fecha para almoço. Está localizado na travessa Benjamin Constant, 348 - Centro, Aracaju (SE).
Programação
Iniciada nesta segunda-feira, 3, a 8ª Semana Nacional dos Arquivos prossegue até o dia 9 de junho em todo o Brasil. No Apes, a programação foi aberta nesta segunda-feira, 3, com a exposição virtual ‘As epidemias em Sergipe no Século XIX e XX’, que pode ser conferida no site da instituição. Nesta quarta-feira, 5, às 9h, acontece o III Encontro com gestores de Arquivos Municipais de Sergipe, e na quinta-feira, 6, às 9h, a programação finaliza com a Oficina de Paleografia para a Olimpíada Nacional de História do Brasil.
O objetivo da Semana Nacional dos Arquivos é promover um debate sobre como os conceitos e procedimentos empregados nos arquivos podem refletir a diversidade da sociedade, com foco na democratização do acesso à informação. O amplo acesso aos registros contribui para a preservação da memória, fomenta o conhecimento, fortalece a democracia e amplia a cidadania.
A ação ocorrerá simultaneamente com a Semana Internacional de Arquivos, promovida anualmente pelo Conselho Internacional de Arquivos em referência à data de sua criação pela Unesco, em 9 de junho de 1948. A Semana Nacional de Arquivos atingiu, em sua última edição, a marca recorde de 525 eventos organizados por 220 instituições espalhadas por 91 municípios, nas cinco regiões do Brasil.
Arquivo Público de Sergipe
O Arquivo Público do Estado de Sergipe tem 100 anos de uma trajetória marcada por ininterrupta dedicação, promovendo a reflexão sobre a história nos esforços de conservação e preservação de uma significativa parcela do patrimônio documental do Estado de Sergipe. É uma instituição encarregada de guardar, preservar e dar publicidade aos documentos produzidos pelo Poder Executivo ao longo de sua história, como correspondências oficiais, leis, decretos, documentos da burocracia estadual, mapas, fotografias, jornais, entre outros. São aproximadamente dois milhões de registros administrativos e históricos, mais de seis mil obras bibliográficas em sua biblioteca e em torno de 2.600 fotografias e negativos no Acervo Iconográfico. Além disso, o espaço também guarda uma coleção de jornais e diários oficiais na Hemeroteca, e mapas, projetos e plantas do Acervo Cartográfico de obras divididas em fundos arquivísticos subdivididos em pacotilhas arquivadas em um montante de estantes que compõem o prédio secular.
O Arquivo Público de Sergipe (Apes), instituição vinculada à Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), realizou nesta terça-feira, 4, uma oficina de história para estudantes do Centro de Excelência Vitória de Santa Maria, em Aracaju. O encontro teve o objetivo de apresentar o Arquivo Público como uma instituição para além do arquivamento de documentos, mas aberto e acessível à visitação da sociedade, como espaço cultural e de memória.
A oficina fez parte da programação da 8ª Semana Nacional dos Arquivos, iniciada na segunda-feira, 3, em todo o Brasil, com o tema ‘Arquivos Acessíveis’. Como o tema propôs, o primeiro momento da oficina levou os alunos a conhecerem a funcionalidade de um arquivo público, por que e para que ele foi fundado, quais as perspectivas para o futuro, ou seja, todos os detalhes de uma instituição imbuída em arquivar os documentos do estado, mas que ao longo da história vem se transformando em instituição cultural de memória.
A diretora do Apes, Sayonara Rodrigues, abriu a oficina e lembrou que o Arquivo Público de Sergipe é dinâmico, vivo; está aberto à sociedade sergipana em suas múltiplas nuances de acessibilidade, seja na procura por documentos salvaguardados pelo Apes, seja por curiosidade ou de resgate da própria história sergipana. “É levar o sergipano a entrar na atmosfera da sua história para que ele se sinta partícipe disso tudo. Esse processo de identidade da sociedade sergipana perpassa por essas instituições documentais e culturais. Queremos criar e fortalecer essa sergipanidade”, afirmou.
No segundo momento da oficina, os 35 alunos participaram de uma aula prática sobre um documento histórico. Técnicos do Apes distribuíram um documento da coleção ‘Escravos’, que contém uma ‘Lista de escravos para serem libertos pelo Fundo de Emancipação’ do município de Propriá, datado de 1874, vinculado à Lei do Ventre Livre.
Para o estudante do 3º ano Wesley Rodrigues, visitas a instituições históricas e culturais são proveitosas, já que, segundo ele, em espaços como esses está a capacidade e inteligência humana de prevalecer sobre a ignorância e os preconceitos. “Eu acredito que a ascensão humana é derivada do conhecimento, e na ignorância estão os preconceitos. Então, arquivos e bibliotecas dão à razão humana a capacidade de prevalecer sobre os preconceitos”, disse.
A aluna do 1º ano do ensino médio Ana Carolina disse que visitas como essas complementam os estudos de sala de aula de uma forma bem mais atraente. “Gostei muito das explicações sobre o documento e saber mais sobre o tempo dos escravizados”, afirmou.
Os alunos perguntaram sobre digitalização e restauração de documentos, sobre as especialidades profissionais que podem trabalhar com arquivologia e memória e como fazer visitas à biblioteca e a outros espaços do Arquivo Público de Sergipe. Também observaram uma exposição sobre a temática dos Xocó, com documentos da pesquisadora Beatriz Góis Dantas.
As visitas podem ser agendadas por meio do telefone 79 3179 1908 ou pelo e-mail apes@seduc.se.gov.br ou via perfil institucional do Instagram @apesseduc. O Arquivo Público está aberto de segunda a sexta-feira, no horário das 8h às 17h, e não fecha para almoço. Está localizado na travessa Benjamin Constant, 348 - Centro, Aracaju (SE).
Programação
Iniciada nesta segunda-feira, 3, a 8ª Semana Nacional dos Arquivos prossegue até o dia 9 de junho em todo o Brasil. No Apes, a programação foi aberta nesta segunda-feira, 3, com a exposição virtual ‘As epidemias em Sergipe no Século XIX e XX’, que pode ser conferida no site da instituição. Nesta quarta-feira, 5, às 9h, acontece o III Encontro com gestores de Arquivos Municipais de Sergipe, e na quinta-feira, 6, às 9h, a programação finaliza com a Oficina de Paleografia para a Olimpíada Nacional de História do Brasil.
O objetivo da Semana Nacional dos Arquivos é promover um debate sobre como os conceitos e procedimentos empregados nos arquivos podem refletir a diversidade da sociedade, com foco na democratização do acesso à informação. O amplo acesso aos registros contribui para a preservação da memória, fomenta o conhecimento, fortalece a democracia e amplia a cidadania.
A ação ocorrerá simultaneamente com a Semana Internacional de Arquivos, promovida anualmente pelo Conselho Internacional de Arquivos em referência à data de sua criação pela Unesco, em 9 de junho de 1948. A Semana Nacional de Arquivos atingiu, em sua última edição, a marca recorde de 525 eventos organizados por 220 instituições espalhadas por 91 municípios, nas cinco regiões do Brasil.
Arquivo Público de Sergipe
O Arquivo Público do Estado de Sergipe tem 100 anos de uma trajetória marcada por ininterrupta dedicação, promovendo a reflexão sobre a história nos esforços de conservação e preservação de uma significativa parcela do patrimônio documental do Estado de Sergipe. É uma instituição encarregada de guardar, preservar e dar publicidade aos documentos produzidos pelo Poder Executivo ao longo de sua história, como correspondências oficiais, leis, decretos, documentos da burocracia estadual, mapas, fotografias, jornais, entre outros. São aproximadamente dois milhões de registros administrativos e históricos, mais de seis mil obras bibliográficas em sua biblioteca e em torno de 2.600 fotografias e negativos no Acervo Iconográfico. Além disso, o espaço também guarda uma coleção de jornais e diários oficiais na Hemeroteca, e mapas, projetos e plantas do Acervo Cartográfico de obras divididas em fundos arquivísticos subdivididos em pacotilhas arquivadas em um montante de estantes que compõem o prédio secular.