Alunas do Colégio Estadual Dr. Antônio Garcia Filho, localizado em Umbaúba, um dos representantes de Sergipe na 76ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizado em Belém (PA), já estão de volta a Aracaju, com as malas cheias de aprendizado e novas experiências. Elas desenvolveram um projeto com o objetivo de produzir absorventes sustentáveis com a matéria-prima disponível na agricultura do sul sergipano.
A matéria-prima utilizada nos absorventes são o bagaço da cana-de açúcar, por apresentar um bom potencial de absorção. O material usado no revestimento é o tecido de bambu, que é 100% vegetal e, juntamente com a goma de tapioca, serviu como matéria impermeável. Foram realizados alguns testes, e o processo de montagem foi simples: a primeira camada do absorvente é feita com o tecido de bambu; a segunda camada é feita com as fibras de cana-de-açúcar; a terceira é feita com o tecido e a goma de tapioca, os quais, juntos, formam um material impermeável; e a última camada é um saquinho feito com o tecido de bambu.
O projeto teve início em 2023, a partir de uma redação com a temática da pobreza menstrual. Ao analisar os problemas encontrados na pesquisa, foi notado que esse poderia ser enfrentado no colégio. As alunas elaboraram um formulário e distribuíram para algumas salas da escola. A partir disso elas obtiveram um resultado com um número muito alto de pessoas que menstruam que usavam o mesmo absorvente por mais de 12 horas. Um grupo de iniciação científica, composto por oito meninas, decidiu buscar uma forma de solucionar essa problemática.
Incentivo à pesquisa
A professora de Química e orientadora do projeto científico, Darcylaine Vieira Martins, enfatizou a importância de incentivar a investigação científica desde cedo, o que promove o pensamento crítico e a capacidade de solucionar problemas de forma inovadora. “Continuar investindo em projetos de iniciação científica é fundamental para o avanço da nossa educação e para a formação de cidadãos mais conscientes e preparados para os desafios do futuro”, disse a professora.
O próximo passo do projeto é buscar a aprovação de um comitê de ética, já que a pesquisa é para uso humano. A equipe deve preparar uma proposta detalhada, garantindo que todos os testes dos absorventes sejam conduzidos de acordo com os padrões éticos e científicos estabelecidos. Após a aprovação, serão realizados os testes científicos, e esses testes clínicos avaliarão a eficácia, segurança e o conforto desses absorventes. Após os testes, será iniciada a produção em larga escala, e em seguida a distribuição gratuita dos absorventes, que começará na escola.
A aluna da turma de iniciação científica Rayane de Souza Silva destacou que participar do projeto mostrou que a ciência pode levar a ter conhecimentos para além de cálculos e pesquisas. “O importante da pesquisa é o grande conhecimento que ela nos passa e que, por meio disso, a gente consegue até aprender e entender a ciência de uma forma mais simples”, destacou.
Alunas do Colégio Estadual Dr. Antônio Garcia Filho, localizado em Umbaúba, um dos representantes de Sergipe na 76ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizado em Belém (PA), já estão de volta a Aracaju, com as malas cheias de aprendizado e novas experiências. Elas desenvolveram um projeto com o objetivo de produzir absorventes sustentáveis com a matéria-prima disponível na agricultura do sul sergipano.
A matéria-prima utilizada nos absorventes são o bagaço da cana-de açúcar, por apresentar um bom potencial de absorção. O material usado no revestimento é o tecido de bambu, que é 100% vegetal e, juntamente com a goma de tapioca, serviu como matéria impermeável. Foram realizados alguns testes, e o processo de montagem foi simples: a primeira camada do absorvente é feita com o tecido de bambu; a segunda camada é feita com as fibras de cana-de-açúcar; a terceira é feita com o tecido e a goma de tapioca, os quais, juntos, formam um material impermeável; e a última camada é um saquinho feito com o tecido de bambu.
O projeto teve início em 2023, a partir de uma redação com a temática da pobreza menstrual. Ao analisar os problemas encontrados na pesquisa, foi notado que esse poderia ser enfrentado no colégio. As alunas elaboraram um formulário e distribuíram para algumas salas da escola. A partir disso elas obtiveram um resultado com um número muito alto de pessoas que menstruam que usavam o mesmo absorvente por mais de 12 horas. Um grupo de iniciação científica, composto por oito meninas, decidiu buscar uma forma de solucionar essa problemática.
Incentivo à pesquisa
A professora de Química e orientadora do projeto científico, Darcylaine Vieira Martins, enfatizou a importância de incentivar a investigação científica desde cedo, o que promove o pensamento crítico e a capacidade de solucionar problemas de forma inovadora. “Continuar investindo em projetos de iniciação científica é fundamental para o avanço da nossa educação e para a formação de cidadãos mais conscientes e preparados para os desafios do futuro”, disse a professora.
O próximo passo do projeto é buscar a aprovação de um comitê de ética, já que a pesquisa é para uso humano. A equipe deve preparar uma proposta detalhada, garantindo que todos os testes dos absorventes sejam conduzidos de acordo com os padrões éticos e científicos estabelecidos. Após a aprovação, serão realizados os testes científicos, e esses testes clínicos avaliarão a eficácia, segurança e o conforto desses absorventes. Após os testes, será iniciada a produção em larga escala, e em seguida a distribuição gratuita dos absorventes, que começará na escola.
A aluna da turma de iniciação científica Rayane de Souza Silva destacou que participar do projeto mostrou que a ciência pode levar a ter conhecimentos para além de cálculos e pesquisas. “O importante da pesquisa é o grande conhecimento que ela nos passa e que, por meio disso, a gente consegue até aprender e entender a ciência de uma forma mais simples”, destacou.