O descomissionamento de plataformas fixas de águas rasas foi um dos assuntos no centro do debate durante o último dia de Sergipe Oil & Gas (SOG). O tema envolve a remoção de instalações, a destinação adequada de materiais e a recuperação ambiental de áreas após a interrupção definitiva de operações de petróleo em plataformas e poços.
Segundo consultores da Aurum Energia, Future Tank e Destri Energy, Sergipe reúne, após desinvestimentos da Petrobras, mais de 150 poços no mar a serem descomissionados, além de 26 plataformas. Em terra, o número de poços para descomissionamento ultrapassa 3,2 mil. Para esse processo, há um potencial previsto de mais de R$ 8 bilhões em investimentos até 2026.
Steve Spease, consultor da TSB Offshore, detalhou o processo de descomissionamento em Sergipe. “A Bacia Sergipe-Alagoas é a segunda maior em volume de investimento para descomissionamento no Brasil por parte da Petrobras. O valor chega a R$ 8,9 bilhões, e fica atrás apenas da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, cujo montante é de mais de R$ 30 bilhões. O programa de descomissionamento em Sergipe está previsto para começar entre 2024 e 2025”, informou.
O gerente-executivo de Terra e Águas Rasas da Petrobras, Ilton Rosseto, apresentou o ponto de vista da companhia diante do cenário de descomissionamento em Sergipe. “A indústria de óleo e gás no Brasil é madura, e, portanto, o processo de descomissionamento é natural. É uma atividade que propõe um grande desafio, e que vai trazer oportunidade de geração de emprego e renda”, avaliou.
A variedade de mercados a serem beneficiados com a destinação dos materiais foi sublinhada por Mauro Destri, CEO da Destri Energy. “As oportunidades em Sergipe com o descomissionamento são inúmeras, com grande potencial para o mercado de sucata. É um material absorvido por cooperativas, prefeituras, catadores, pequenos depósitos, além de envolver siderúrgicas e o comércio atacadista. É preciso, portanto, preparação frente ao desafio do descomissionamento para que todo o potencial seja aproveitado”, elencou.
José Harlen Albino Dantas, gerente geral de Gestão de Ativos de Descomissionamento da Petrobras, comentou que há 540 km de tubulações a serem recolhidas em Sergipe. “É um número significativo em terra e em águas rasas. O descomissionamento em Sergipe já começou. Estamos conduzindo projetos de abandono de poços e preparação das plataformas para entrada de empresas que vão tirá-las do mar. Portanto, já estamos gerando emprego. Sergipe volta a protagonizar uma nova forma de desenvolvimento e está na vanguarda pela possibilidade de aplicação e expansão de tecnologias, além da quantidade de instalações”, destacou.
O gerente sênior da Gran Service, Francesco Santoro, também participou do painel e apresentou questões logísticas relacionadas ao descomissionamento.
Debates
Durante a manhã, a ‘Produção de O&G em Sergipe’ foi tema de painel no Congresso SOG. João Vitor Moreira, COO na PetroRecôncavo, e Philipe Passos, gerente na Carmo Energy, fizeram parte do debate. A secretária-geral da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP), Kidja Frazão, também integrou o painel, assim como o gerente de relações institucionais da EnP.
Mais uma pauta do Congresso SOG foi a ‘Qualificação de mão de obra técnica em Sergipe’. O diretor do Instituto de Tecnologia e Pesquisa da Universidade Tiradentes (ITP/Unit), Paulo do Eirado, esteve ao lado de Lucas Mota, da Society of Petroleum Engineers (SPE). O co-organizador do SOG e CEO da BrainMarket Eduardo Aragon mediou a discussão.
Semana de Petróleo, Gás e Energia
A terceira edição do Sergipe Oil & Gas, que ocorreu de 24 a 26 de julho, foi a primeira em formato de feira. O evento é organizado pelas empresas Brainmarket, Eolus e Austral com o apoio do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec). Além da programação de painéis, ocorrida dentro do Congresso SOG, o evento conta com diversas atividades paralelas, no intuito de movimentar o setor energético do estado.
O Sergipe Oil e Gas integra a programação da Semana do Petróleo, Gás e Energia de Sergipe, realizada de 22 a 26 de julho. Durante todo o período, diversos eventos vinculados ao setor serão sediados em Aracaju, promovendo as potencialidades do estado no mercado nacional e internacional.
O descomissionamento de plataformas fixas de águas rasas foi um dos assuntos no centro do debate durante o último dia de Sergipe Oil & Gas (SOG). O tema envolve a remoção de instalações, a destinação adequada de materiais e a recuperação ambiental de áreas após a interrupção definitiva de operações de petróleo em plataformas e poços.
Segundo consultores da Aurum Energia, Future Tank e Destri Energy, Sergipe reúne, após desinvestimentos da Petrobras, mais de 150 poços no mar a serem descomissionados, além de 26 plataformas. Em terra, o número de poços para descomissionamento ultrapassa 3,2 mil. Para esse processo, há um potencial previsto de mais de R$ 8 bilhões em investimentos até 2026.
Steve Spease, consultor da TSB Offshore, detalhou o processo de descomissionamento em Sergipe. “A Bacia Sergipe-Alagoas é a segunda maior em volume de investimento para descomissionamento no Brasil por parte da Petrobras. O valor chega a R$ 8,9 bilhões, e fica atrás apenas da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, cujo montante é de mais de R$ 30 bilhões. O programa de descomissionamento em Sergipe está previsto para começar entre 2024 e 2025”, informou.
O gerente-executivo de Terra e Águas Rasas da Petrobras, Ilton Rosseto, apresentou o ponto de vista da companhia diante do cenário de descomissionamento em Sergipe. “A indústria de óleo e gás no Brasil é madura, e, portanto, o processo de descomissionamento é natural. É uma atividade que propõe um grande desafio, e que vai trazer oportunidade de geração de emprego e renda”, avaliou.
A variedade de mercados a serem beneficiados com a destinação dos materiais foi sublinhada por Mauro Destri, CEO da Destri Energy. “As oportunidades em Sergipe com o descomissionamento são inúmeras, com grande potencial para o mercado de sucata. É um material absorvido por cooperativas, prefeituras, catadores, pequenos depósitos, além de envolver siderúrgicas e o comércio atacadista. É preciso, portanto, preparação frente ao desafio do descomissionamento para que todo o potencial seja aproveitado”, elencou.
José Harlen Albino Dantas, gerente geral de Gestão de Ativos de Descomissionamento da Petrobras, comentou que há 540 km de tubulações a serem recolhidas em Sergipe. “É um número significativo em terra e em águas rasas. O descomissionamento em Sergipe já começou. Estamos conduzindo projetos de abandono de poços e preparação das plataformas para entrada de empresas que vão tirá-las do mar. Portanto, já estamos gerando emprego. Sergipe volta a protagonizar uma nova forma de desenvolvimento e está na vanguarda pela possibilidade de aplicação e expansão de tecnologias, além da quantidade de instalações”, destacou.
O gerente sênior da Gran Service, Francesco Santoro, também participou do painel e apresentou questões logísticas relacionadas ao descomissionamento.
Debates
Durante a manhã, a ‘Produção de O&G em Sergipe’ foi tema de painel no Congresso SOG. João Vitor Moreira, COO na PetroRecôncavo, e Philipe Passos, gerente na Carmo Energy, fizeram parte do debate. A secretária-geral da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP), Kidja Frazão, também integrou o painel, assim como o gerente de relações institucionais da EnP.
Mais uma pauta do Congresso SOG foi a ‘Qualificação de mão de obra técnica em Sergipe’. O diretor do Instituto de Tecnologia e Pesquisa da Universidade Tiradentes (ITP/Unit), Paulo do Eirado, esteve ao lado de Lucas Mota, da Society of Petroleum Engineers (SPE). O co-organizador do SOG e CEO da BrainMarket Eduardo Aragon mediou a discussão.
Semana de Petróleo, Gás e Energia
A terceira edição do Sergipe Oil & Gas, que ocorreu de 24 a 26 de julho, foi a primeira em formato de feira. O evento é organizado pelas empresas Brainmarket, Eolus e Austral com o apoio do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec). Além da programação de painéis, ocorrida dentro do Congresso SOG, o evento conta com diversas atividades paralelas, no intuito de movimentar o setor energético do estado.
O Sergipe Oil e Gas integra a programação da Semana do Petróleo, Gás e Energia de Sergipe, realizada de 22 a 26 de julho. Durante todo o período, diversos eventos vinculados ao setor serão sediados em Aracaju, promovendo as potencialidades do estado no mercado nacional e internacional.