Sergipe é o segundo maior produtor de batata-doce do Nordeste, conforme levantamento das safras de 2023, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram 67.049 toneladas colhidas naquele ano, só perdendo para o estado do Ceará (163.530). A produtividade, de 18 toneladas por hectare, é superior à média nacional (15), mas inferior a do Ceará (20,2). Uma iniciativa para que a produtividade cresça ainda mais e aumente a produção da raiz tuberosa em Sergipe é a implantação de quatro campos demonstrativos de aplicação da tecnologia de agricultura regenerativa em perímetros irrigados estaduais, a partir de Termo de Cooperação com empresa de consultoria sergipana e o Governo do Estado.
Esses campos demonstrativos serão montados em lotes comercialmente produtivos e que já tenham afinidade com o cultivo da batata-doce irrigada. A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), fez uma avaliação técnica e escolheu quatro produtores experientes no cultivo do vegetal em três perímetros irrigados de diferentes regiões do estado: Califórnia, em Canindé de São Francisco, alto sertão; Jacarecica I e Poção da Ribeira, em Itabaiana, no agreste, região onde se concentra a maior produção do estado.
“São perímetros que fazem uma boa amostragem de como são os principais climas e tipos de solo explorados para a produção da batata-doce irrigada. A Seagri e suas vinculadas, Coderse e Emdagro, abraçaram a ideia de um parceiro da iniciativa privada de testar a tecnologia da agricultura regenerativa com foco na produtividade. Pensando em fazer crescer a produção da batata-doce em todo estado de Sergipe, mas sem que seja necessário o aumento de área, substituindo as outras produções agropecuárias”, pontuou o presidente da Coderse, o engenheiro agrônomo Paulo Sobral.
Termo de Cooperação
A área experimental do cultivo é viabilizado pelo Termo de Cooperação entre a Seagri, Coderse, Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e a GTerra Consultoria Agropecuária. O diretor da empresa privada sergipana, Gilberto Bruto Oliveira, esclarece que o projeto é baseado na demonstração das potencialidades da tecnologia da agricultura regenerativa no cultivo da batata-doce em Sergipe. Um conceito norte-americano, em que o equilíbrio da nutrição do solo consegue equilibrar a saúde da planta.
“O projeto tem como objetivo trazer para os perímetros irrigados, assistidos pela Coderse, técnicas agrícolas baseadas na reabilitação do solo e conservação dos sistemas produtivos e alimentares, como foco principal na regeneração, conservação do solo e segurança alimentar. É a utilização de práticas agrícolas sustentáveis com uma visão holística que, ao tempo em que promove a recuperação e a regeneração dos sistemas produtivos, estabelece novos patamares produtivos, trazendo renda para o irrigante”, detalhou Gilberto Bruto.
O engenheiro agrônomo Gilberto Bruto informa que o agricultor que abrigar os campos demonstrativos não terá custos com os insumos necessários à introdução da agricultura regenerativa. Ele somente vai contribuir com a área e sua mão de obra. “São usados condicionadores de solo líquidos antes e durante o plantio. Depois há a utilização de produtos biológicos e químicos na plantação. O agricultor vai receber 100% dos produtos”, completa.
Comparando técnica
Cada campo demonstrativo será implantado em uma área de cultivo do dobro do tamanho, onde metade terá a aplicação da agricultura regenerativa e a outra vai receber os tratos culturais que o agricultor, propositalmente escolhido por sua experiência no cultivo de batata-doce, está acostumado a fazer. Diante disso, será possível que bataticultores de todo o estado e profissionais do meio agrícola possam fazer um comparativo entre as duas técnicas. Irrigante do perímetro Califórnia, José Bernardino Neto hoje já dedica todo seu lote à plantação do tubérculo, de olho no mercado cada vez mais atrativo para quem produz.
“Estou pensando em expandir para outros mercados, além de Canindé. Tendo uma produção maior, é tocar o barco para frente, investir para ter resultado”, planjeou Bernardino Neto. O produtor está animado com a assistência que vai receber das empresas públicas e da consultoria privada para produzir mais em sua nova área já lavrada, comprometido em seguir as recomendações técnicas. “Vou fazer tudo. Com a ajuda, a gente faz tudo”. Sobre o tipo de batata-doce que vai usar para plantar no campo demonstrativo, Bernardino disse que será a mesma variedade que já produz: a ‘roxinha comprida'.
Assistência técnica
Engenheiro agrônomo da Coderse, Paulo Feitosa considera que a aplicação da agricultura regenerativa é o desenvolvimento da cultura para obter melhor qualidade do produto. “Essa é a essência para aumentar a produtividade, promover uma nutrição vegetal com base na adubação da folha, na melhoria do solo. E, por consequência, você tem uma melhor qualidade do produto e produtividade da cultura”, avaliou. Para o especialista em irrigação, ao aumentar a produção, promove a melhoria para o produtor, que dificilmente conseguiria implantar a tecnologia sem essa assistência técnica e os insumos.
“Quando você tem uma cultura bem colhida, bem produzida, ela tem mais resistência para algumas pragas ou doenças. Bem nutrida, ela fica mais imune. Mesmo que ela tenha alguma praga ou doença, ela tolera um pouco melhor e sem prejuízo para a produção. Estamos regenerando o solo para futuras produções e desenvolvimento de novas espécies de produção”, concluiu Paulo Feitosa.
Sergipe é o segundo maior produtor de batata-doce do Nordeste, conforme levantamento das safras de 2023, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram 67.049 toneladas colhidas naquele ano, só perdendo para o estado do Ceará (163.530). A produtividade, de 18 toneladas por hectare, é superior à média nacional (15), mas inferior a do Ceará (20,2). Uma iniciativa para que a produtividade cresça ainda mais e aumente a produção da raiz tuberosa em Sergipe é a implantação de quatro campos demonstrativos de aplicação da tecnologia de agricultura regenerativa em perímetros irrigados estaduais, a partir de Termo de Cooperação com empresa de consultoria sergipana e o Governo do Estado.
Esses campos demonstrativos serão montados em lotes comercialmente produtivos e que já tenham afinidade com o cultivo da batata-doce irrigada. A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), fez uma avaliação técnica e escolheu quatro produtores experientes no cultivo do vegetal em três perímetros irrigados de diferentes regiões do estado: Califórnia, em Canindé de São Francisco, alto sertão; Jacarecica I e Poção da Ribeira, em Itabaiana, no agreste, região onde se concentra a maior produção do estado.
“São perímetros que fazem uma boa amostragem de como são os principais climas e tipos de solo explorados para a produção da batata-doce irrigada. A Seagri e suas vinculadas, Coderse e Emdagro, abraçaram a ideia de um parceiro da iniciativa privada de testar a tecnologia da agricultura regenerativa com foco na produtividade. Pensando em fazer crescer a produção da batata-doce em todo estado de Sergipe, mas sem que seja necessário o aumento de área, substituindo as outras produções agropecuárias”, pontuou o presidente da Coderse, o engenheiro agrônomo Paulo Sobral.
Termo de Cooperação
A área experimental do cultivo é viabilizado pelo Termo de Cooperação entre a Seagri, Coderse, Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e a GTerra Consultoria Agropecuária. O diretor da empresa privada sergipana, Gilberto Bruto Oliveira, esclarece que o projeto é baseado na demonstração das potencialidades da tecnologia da agricultura regenerativa no cultivo da batata-doce em Sergipe. Um conceito norte-americano, em que o equilíbrio da nutrição do solo consegue equilibrar a saúde da planta.
“O projeto tem como objetivo trazer para os perímetros irrigados, assistidos pela Coderse, técnicas agrícolas baseadas na reabilitação do solo e conservação dos sistemas produtivos e alimentares, como foco principal na regeneração, conservação do solo e segurança alimentar. É a utilização de práticas agrícolas sustentáveis com uma visão holística que, ao tempo em que promove a recuperação e a regeneração dos sistemas produtivos, estabelece novos patamares produtivos, trazendo renda para o irrigante”, detalhou Gilberto Bruto.
O engenheiro agrônomo Gilberto Bruto informa que o agricultor que abrigar os campos demonstrativos não terá custos com os insumos necessários à introdução da agricultura regenerativa. Ele somente vai contribuir com a área e sua mão de obra. “São usados condicionadores de solo líquidos antes e durante o plantio. Depois há a utilização de produtos biológicos e químicos na plantação. O agricultor vai receber 100% dos produtos”, completa.
Comparando técnica
Cada campo demonstrativo será implantado em uma área de cultivo do dobro do tamanho, onde metade terá a aplicação da agricultura regenerativa e a outra vai receber os tratos culturais que o agricultor, propositalmente escolhido por sua experiência no cultivo de batata-doce, está acostumado a fazer. Diante disso, será possível que bataticultores de todo o estado e profissionais do meio agrícola possam fazer um comparativo entre as duas técnicas. Irrigante do perímetro Califórnia, José Bernardino Neto hoje já dedica todo seu lote à plantação do tubérculo, de olho no mercado cada vez mais atrativo para quem produz.
“Estou pensando em expandir para outros mercados, além de Canindé. Tendo uma produção maior, é tocar o barco para frente, investir para ter resultado”, planjeou Bernardino Neto. O produtor está animado com a assistência que vai receber das empresas públicas e da consultoria privada para produzir mais em sua nova área já lavrada, comprometido em seguir as recomendações técnicas. “Vou fazer tudo. Com a ajuda, a gente faz tudo”. Sobre o tipo de batata-doce que vai usar para plantar no campo demonstrativo, Bernardino disse que será a mesma variedade que já produz: a ‘roxinha comprida'.
Assistência técnica
Engenheiro agrônomo da Coderse, Paulo Feitosa considera que a aplicação da agricultura regenerativa é o desenvolvimento da cultura para obter melhor qualidade do produto. “Essa é a essência para aumentar a produtividade, promover uma nutrição vegetal com base na adubação da folha, na melhoria do solo. E, por consequência, você tem uma melhor qualidade do produto e produtividade da cultura”, avaliou. Para o especialista em irrigação, ao aumentar a produção, promove a melhoria para o produtor, que dificilmente conseguiria implantar a tecnologia sem essa assistência técnica e os insumos.
“Quando você tem uma cultura bem colhida, bem produzida, ela tem mais resistência para algumas pragas ou doenças. Bem nutrida, ela fica mais imune. Mesmo que ela tenha alguma praga ou doença, ela tolera um pouco melhor e sem prejuízo para a produção. Estamos regenerando o solo para futuras produções e desenvolvimento de novas espécies de produção”, concluiu Paulo Feitosa.