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Sábado, 22 de Junho de 2024 às 07:00:00
Expansão produtiva do cacau impulsiona agricultura familiar em Sergipe
Projeção de safra para 2024 é de 9,5 toneladas de amêndoas produzidas, consolidando a cultura no estado

O cultivo de cacau em Sergipe, promovido por agricultores familiares dos territórios sul e centro sul do estado, está em ascensão desde 2009, quando técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) identificaram seu potencial. Este avanço foi catalisado pela colaboração estratégica com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), que iniciou em 2010, proporcionando transferência de tecnologia e suporte técnico crucial para o desenvolvimento dessa cultura.

Desde a implementação das primeiras ações em 2012, a produção de cacau em Sergipe tem mostrado um crescimento significativo. Atualmente, o estado conta com 26 produtores, numa área de 30,4 hectares, distribuída entre os municípios de Arauá, Boquim, Estância, Indiaroba, Itabaianinha, Lagarto, Umbaúba e Santa Luzia do Itanhy. Na última safra de 2023, 15,8 hectares estavam em plena produção, resultando em 7.315 kg de amêndoas comercializadas na Bahia. A projeção para a safra de 2024 é de 9.500 kg, refletindo a expansão das áreas em produção.

"O crescimento da produção de cacau em Sergipe é um testemunho do potencial dessa cultura em transformar a agricultura familiar na região. Com o suporte contínuo e a capacitação adequada, os agricultores sergipanos têm a oportunidade de expandir seus cultivos, aumentar sua produtividade e contribuir para o desenvolvimento econômico sustentável do estado," disse o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.

Segundo ele, a cooperação técnica entre a Ceplac e o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), e Emdagro, formalizada em 2023 com um termo de cooperação de quatro anos, tem sido fundamental para esse crescimento. O acordo tem como objetivo a execução de ações de pesquisa e transferência de tecnologias, abrangendo capacitação técnica, implantação de jardins clonais e desenvolvimento de protocolos técnicos específicos para a cacauicultura em Sergipe.

Desde o início desta colaboração, a Ceplac tem oferecido suporte contínuo, incluindo capacitação de técnicos da Emdagro e agricultores em técnicas avançadas de produção, adubação, poda, colheita e beneficiamento de amêndoas de cacau. Em 2020, foram implantadas Unidades de Observação em parceria com agricultores de Arauá, Estância, Lagarto e Umbaúba, visando a transferência de tecnologia e a multiplicação de conhecimentos para os demais produtores da região citrícola do estado.

As ações de capacitação também incluem intercâmbios técnicos, como o realizado em 2019, onde agricultores e técnicos da Emdagro visitaram o Centro de Pesquisa da Ceplac, em Ilhéus, Bahia. Estas iniciativas têm sido essenciais para a profissionalização e modernização da produção de cacau em Sergipe. Somado à capacitação, o financiamento tem se mostrado um aliado importante para os produtores. Em 2023, o Banco do Nordeste aprovou o primeiro financiamento de R$ 81 mil para um casal de agricultores de Indiaroba, com recursos do Programa Agroamigo. Este apoio financeiro é essencial para que os produtores possam investir em suas propriedades, incrementar a produção e adotar tecnologias mais avançadas.

“O futuro da cacauicultura em Sergipe é promissor, especialmente com a continuidade da cooperação técnica e o aprimoramento das ações de assistência técnica da Emdagro”, frisou o engenheiro agrônomo Luiz Carlos Nunes, assessor técnico da Emdagro. Segundo ele, espera-se que as iniciativas previstas no Acordo de Cooperação Técnica contribuam significativamente para a melhoria dos processos de produção, colheita e beneficiamento do cacau, aumentando a produção e a produtividade.

Para o assessor, o desenvolvimento sustentável poderá gerar mais emprego e renda para os agricultores familiares da região sul do estado, consolidando a cacauicultura como uma importante alternativa econômica para a agricultura familiar em Sergipe. “Com o suporte contínuo e a capacitação adequada, os agricultores sergipanos têm a oportunidade de expandir seus cultivos, aumentar sua produtividade e contribuir para o desenvolvimento econômico sustentável do estado”, destacou.
 

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Expansão produtiva do cacau impulsiona agricultura familiar em Sergipe
Projeção de safra para 2024 é de 9,5 toneladas de amêndoas produzidas, consolidando a cultura no estado
Sábado, 22 de Junho de 2024 às 07:00:00

O cultivo de cacau em Sergipe, promovido por agricultores familiares dos territórios sul e centro sul do estado, está em ascensão desde 2009, quando técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) identificaram seu potencial. Este avanço foi catalisado pela colaboração estratégica com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), que iniciou em 2010, proporcionando transferência de tecnologia e suporte técnico crucial para o desenvolvimento dessa cultura.

Desde a implementação das primeiras ações em 2012, a produção de cacau em Sergipe tem mostrado um crescimento significativo. Atualmente, o estado conta com 26 produtores, numa área de 30,4 hectares, distribuída entre os municípios de Arauá, Boquim, Estância, Indiaroba, Itabaianinha, Lagarto, Umbaúba e Santa Luzia do Itanhy. Na última safra de 2023, 15,8 hectares estavam em plena produção, resultando em 7.315 kg de amêndoas comercializadas na Bahia. A projeção para a safra de 2024 é de 9.500 kg, refletindo a expansão das áreas em produção.

"O crescimento da produção de cacau em Sergipe é um testemunho do potencial dessa cultura em transformar a agricultura familiar na região. Com o suporte contínuo e a capacitação adequada, os agricultores sergipanos têm a oportunidade de expandir seus cultivos, aumentar sua produtividade e contribuir para o desenvolvimento econômico sustentável do estado," disse o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.

Segundo ele, a cooperação técnica entre a Ceplac e o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), e Emdagro, formalizada em 2023 com um termo de cooperação de quatro anos, tem sido fundamental para esse crescimento. O acordo tem como objetivo a execução de ações de pesquisa e transferência de tecnologias, abrangendo capacitação técnica, implantação de jardins clonais e desenvolvimento de protocolos técnicos específicos para a cacauicultura em Sergipe.

Desde o início desta colaboração, a Ceplac tem oferecido suporte contínuo, incluindo capacitação de técnicos da Emdagro e agricultores em técnicas avançadas de produção, adubação, poda, colheita e beneficiamento de amêndoas de cacau. Em 2020, foram implantadas Unidades de Observação em parceria com agricultores de Arauá, Estância, Lagarto e Umbaúba, visando a transferência de tecnologia e a multiplicação de conhecimentos para os demais produtores da região citrícola do estado.

As ações de capacitação também incluem intercâmbios técnicos, como o realizado em 2019, onde agricultores e técnicos da Emdagro visitaram o Centro de Pesquisa da Ceplac, em Ilhéus, Bahia. Estas iniciativas têm sido essenciais para a profissionalização e modernização da produção de cacau em Sergipe. Somado à capacitação, o financiamento tem se mostrado um aliado importante para os produtores. Em 2023, o Banco do Nordeste aprovou o primeiro financiamento de R$ 81 mil para um casal de agricultores de Indiaroba, com recursos do Programa Agroamigo. Este apoio financeiro é essencial para que os produtores possam investir em suas propriedades, incrementar a produção e adotar tecnologias mais avançadas.

“O futuro da cacauicultura em Sergipe é promissor, especialmente com a continuidade da cooperação técnica e o aprimoramento das ações de assistência técnica da Emdagro”, frisou o engenheiro agrônomo Luiz Carlos Nunes, assessor técnico da Emdagro. Segundo ele, espera-se que as iniciativas previstas no Acordo de Cooperação Técnica contribuam significativamente para a melhoria dos processos de produção, colheita e beneficiamento do cacau, aumentando a produção e a produtividade.

Para o assessor, o desenvolvimento sustentável poderá gerar mais emprego e renda para os agricultores familiares da região sul do estado, consolidando a cacauicultura como uma importante alternativa econômica para a agricultura familiar em Sergipe. “Com o suporte contínuo e a capacitação adequada, os agricultores sergipanos têm a oportunidade de expandir seus cultivos, aumentar sua produtividade e contribuir para o desenvolvimento econômico sustentável do estado”, destacou.