A procura por comidas típicas tem permanecido durante todo mês de julho na Vila do Forró, na Orla da Atalaia. As delícias da nossa culinária comercializadas no evento realizado pelo Governo de Sergipe agradam o paladar de sergipanos e turistas. Boa parte dos pratos é feita à base de milho, a exemplo da canjica, pamonha, mungunzá, bolo de milho e de fubá. Outros alimentos têm venda garantida, como arroz doce, amendoim, bolo de puba e macaxeira, pé de moleque, bobó de camarão, entre outros.
A empreendedora Camila Ferreira tem uma loja que vende pudim, mas aproveitou o espaço da Economia Solidária, organizado pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), para ganhar um dinheiro extra, com a venda de comidas típicas. “Vendi para muitos turistas, principalmente de Brasília e Minas Gerais. Eles pedem bastante os pudins, mas o mungunzá está tendo boa aceitação. O arroz doce e canjica também são bem procurados”, revela.
A venda de comidas típicas também ajuda a manter um trabalho social, que é realizado pelo Instituto Agatha, que acolhe mulheres em situação de vulnerabilidade. Toda a renda obtida com a venda no espaço da ONG é revertida para as assistidas. Teresa Batista fez cursos profissionalizantes e sentiu na pele a importância de ser acolhida. “A minha experiência é maravilhosa, eu estava com depressão, sofrendo muito, fui resgatada, minha vida mudou depois que conheci o Ágatha, por isso eu só tenho a agradecer”, afirma.
Erika Vieira vende comidas típicas pelo segundo ano seguido na Vila do Forró. Tem muita gente de fora procurando comida típica ainda, os caldos, mingau de puba, milho, pamonha. São turistas de São Paulo, Pernambuco, Ceará, Salvador, Rio de Janeiro e de outros lugares”, comemora. É o caso da turista paulista, Cristiane Oliveira, que veio a Sergipe pela segunda vez. “Amo comida típica, vim aqui em fevereiro, gostei e voltei agora para conhecer essa festa linda que vocês fazem”, declara
O professor aposentado Adelson Aquino dos Santos levou a esposa, os dois filhos e o neto. “Já comemos arroz doce, agora torta de macaxeira, bobó de camarão. Ninguém aqui dispensa nessa época do ano”, revela.
Faturamento
Não só as comidas típicas, mas outros produtos alimentícios seguem tendo uma boa procura. É o caso da maçã do amor, vendida por seu Júlio Xavier Costa há 42 anos. Todo mundo gosta e, como ainda temos mais de uma semana de julho pela frente, espero faturar bem, porque vem muito turista que consome o produto por curiosidade”, comenta.
A vendedora de pipoca Sileide Helena da Silva conta que conseguiu criar os filhos e se manter até hoje vendendo o produto. “Nem existia ainda a orla quando comecei a vender, só tinha coqueiro aqui. Já participei de todas as edições dos festejos juninos tanto no arraiá como na vila, e graças a Deus estou conseguindo vender”, diz.
Quem também está gostando do fluxo de consumidores é Elson Santos, vendedor de amendoim, que há 15 anos vende o produto. Ele compra de fornecedores de Itabaiana e Moita Bonita, e garante a boa procedência. “A gente investe para vender bem, está dando para ganhar um dinheirinho, não pode acabar isso aqui nunca”, declara.