Nesta segunda-feira(21), a Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) oficializou a abertura da 14º Primavera dos Museus com a realização de uma ‘roda de conversa’ nos estúdios da Aperipê TV.
Baseada na seguinte temática: “Mundo Digital: Museus em Transformação”, a ação contou com a participação de representantes do Sistema Estadual de Museus (SIEM), por meio de transmissão ao vivo da emissora pública. Até o dia 27 de setembro, conteúdos digitais alusivos ao tema serão divulgados nas redes sociais do órgão.
De acordo com a presidente da Funcap, Conceição Vieira, trata-se de uma semana especial no fomento à cultura. “É edificante discutirmos o novo formato de atuação dos museus em um momento tão delicado como o atual. O evento passou por uma transformação de presencial para o digital, seguindo as orientações do Instituto Brasileiro de Museus. Parabenizo os envolvidos na execução deste projeto tão enriquecedor”, afirmou.
Para o museólogo do Palácio-Museu Olímpio Campos, Romário Portugal, reinventar-se é necessário. “Há uma gama de opções possíveis mesmo em tempos de pandemia, visitas e exposições virtuais são um ótimo exemplo. O importante é não perder o estímulo na promoção de atividades que movimentam os museus, despertando a atenção do público”, diz.
O historiador e supervisor do Museu da Gente Sergipana, Carlos Viana, enfatiza os desafios. “A 14ª Primavera dos Museus nos inspirou a descobrir possibilidades de levar todo o acervo do museu de forma virtual ao público geral. Apesar do Museu da Gente Sergipana ser um museu tecnológico, o único do Norte-Nordeste em multimídia, nós não trabalhávamos com as ferramentas digitais para apresentar os conteúdos e acervos voltados ao público externo e sim, o uso da tecnologia fazia parte do contato presencial. Por outro lado, o tema da nova edição do evento nos estimulou em tornar possível a visita com apenas um clique”, explicou.
Heyse Oliveira enalteceu a iniciativa. “O Ibram provocou a sociedade em repensar a respeito da tecnologia como ferramenta de democratização do conhecimento dentro destes espaços. Além disso, discutir o tema com colegas da área foi muito positivo”, concluiu a museóloga.