Com a perspectiva de crescimento da geração de emprego e renda no estado, Sergipe encerrou o mês de julho com um saldo positivo de novas vagas de trabalho, conforme dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, na quarta-feira, 30. De acordo com o levantamento, 492 postos de trabalho foram abertos no mês. Com isso, o ano de 2023 já soma, até julho, a criação de  2.690 vagas no estado. Já os últimos 12 meses (com ajuste) acumulam 11.092 postos gerados, e o estoque de empregos em julho ficou em 299.491 vagas.

Os números foram analisados pelo Observatório de Sergipe, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Casa Civil (SECC), por meio da Superintendência Especial de Planejamento, Monitoramento Estratégico e Gestão de Resultados (Superplan), que também observou separadamente dados referentes aos setores de Indústria, Comércio, Agropecuária, Construção e Serviços.

Segundo o Observatório, três dos cinco setores analisados apresentaram saldo positivo na criação de postos de emprego no estado durante o mês de julho, com destaque para o Comércio, responsável pela abertura de 257 vagas.

De acordo com o Observatório de Sergipe, o setor foi impulsionado especialmente pela atividade atacadista de produtos alimentícios em geral, que abriu 44 postos. Representantes comerciais e agentes do comércio - exceto de veículos automotores e motocicletas - correspondem a 35; varejo de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas, a 32; e especializado de equipamentos de telefonia e comunicação também a 32. 

Já no setor de Construção foram abertas 173 vagas, com destaque para a atividade de construção de edifícios, responsável por 206 postos de trabalho. Vale ressaltar que o valor supera o total porque também entram no cálculo os saldos negativos de outras atividades.

Na Agropecuária, por sua vez, setor em que foram abertos 68 postos, o destaque foi das atividades de apoio à agricultura, responsável por 67 vagas. O valor supera o total porque também entram no cálculo os saldos negativos de outras atividades.

O único segmento que apresentou estabilidade foi a Indústria. Segundo a economista do Observatório de Sergipe, Michele Doria, isso se deve ao bom resultado da maior parte dos setores da área. "Sobre a indústria, é importante salientar as perdas de emprego na fabricação de calçados de material sintético (-291), às quais foram, em parte, contrabalançadas pelo bom desempenho das atividades fabricação de produtos alimentícios (73), fabricação de álcool (68), manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica (62) e fabricação de produtos têxteis (53)", explicou.

O Observatório ainda verificou os dados de cada município sergipano  separadamente. Segundo o órgão, as cidades que mais geraram empregos no mês de junho foram a capital, Aracaju, com saldo de 337; Japaratuba, no leste do estado, onde foram abertos 103 postos de emprego; Itabaiana, no agreste, com 93; São Cristóvão, na região metropolitana de Aracaju, com 86; e Estância, no sul do estado, com 81 vagas.

Cenário nacional

O Observatório de Sergipe também observou o movimento da geração de empregos no Brasil, que acompanhou a tendência de crescimento do estado. De acordo com os dados do Caged, foram criados 142.702 postos de trabalho em todo o país, e dentre todas as 27 unidades federativas, apenas o Rio Grande do Sul registrou um resultado negativo (-0,08%).