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Sexta-Feira, 09 de Junho de 2023 às 11:30:00
Artesanato sergipano ganha destaque no Arraiá do Povo
Espaço para comercialização e exposição de trabalhos dos artesãos foi reservado na Vila do Forró

Com técnica e criatividade, os artesãos sergipanos veem nas linhas, nos tecidos, no barro, na madeira, na palha e em tantos outros objetos, uma oportunidade de criação, de trabalho e de renda. Nasce das mãos desses trabalhadores peças únicas, ricas em detalhes e histórias, que perpassam gerações e podem ser conhecidas em um dos maiores festejos juninos promovidos pelo estado, o Arraiá do Povo, na Orla da Atalaia.  

Quem vai à festa e passa pela Vila do Forró, espaço cenográfico localizado na entrada principal, pode conhecer o local reservado para comercialização e exposição de artesanatos sergipanos, marcado por uma diversidade de tipologias: desde a renda irlandesa, Patrimônio Imaterial e Cultural de Sergipe, aos bordados, rendendê, crochê, esculturas e panelas de barro.

Em uma semana de festa, Josefa Pereira conta que já vendeu mais de 30 bonecas de pano e precisou até mesmo repor o estoque. As vendas, segundo ela, resultaram em um aumento de cerca de 70% na sua renda. “Este ano, pra mim, foi o melhor até agora”, disse a comerciante, sobre a sua participação em cinco edições do Arraiá do Povo.  

Artesã há 20 anos, dona Josefa trabalha em uma fábrica fazendo roupas de bebê e viu na produção de bonecas uma oportunidade. “É a tendência, não é? Tem tudo a ver com as coisas que eu faço para bebê. As mães diziam: ‘Eu quero uma boneca para o quartinho de bebê’. Daí faço a decoração completa da roupinha das bonecas”, contou.

O espaço do artesanato no Arraiá do Povo contou com a intermediação da Secretaria do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), que possui na sua estrutura uma diretoria voltada à categoria dos artesãos. Trata-se de mais uma ação que busca fomentar a renda e também valorizar a riqueza histórica desses trabalhos.

“É uma oportunidade de divulgar o nosso trabalho, não só de venda. Às vezes o cliente vem acha bonito, não conhece e passa a conhecer. Não compra naquele momento, mas depois vai visitar o nosso município”, comentou a artesã Adriane Oliveira, integrante da Associação das Rendeiras Independentes de Divina Pastora (Asdrin).