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Sexta-Feira, 15 de Novembro de 2024 às 06:00:00
Intercambistas calouros e veteranos do ‘Sergipe no Mundo’ relatam expectativas e vivências
Aprendizado, conhecimentos culturais e experiências marcantes fazem parte das narrativas compartilhadas pelos estudantes e seus familiares

Entusiasmo é o sentimento que melhor descreve a reação de Monize Andrade, 16, ao descobrir que foi selecionada para participar da segunda turma do Programa Sergipe no Mundo. Nesta sexta-feira, 15, a estudante do Colégio Estadual Murilo Braga, em Itabaiana, e outros 18 alunos da rede estadual de Educação de Sergipe embarcam rumo à Boston, nos Estados Unidos e à Vancouver, no Canadá, para aproveitar um mês de imersão na cultura norte-americana e língua inglesa, experiência proporcionada pelo Programa Sergipe no Mundo, do Governo do Estado. 

Emocionados, os pais de Monize comemoraram o empenho da filha e destacam a importância da iniciativa realizada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). “Assim que soube da seleção, já sugeri que ela abraçasse com todo amor e carinho a oportunidade. É uma experiência única para que os estudantes possam se conhecer melhor, desenvolver vínculos, amizades e aprender. Eu vim de escola pública e nunca vi um programa desse tipo. Eu e minha esposa nunca nem andamos de avião. Por isso, ficamos muito felizes e agradecemos pela oportunidade”, relata Marcelo Andrade, pai de Monize. 

Além de Monize, a seleção no ‘Sergipe no Mundo’ também surpreendeu Jackly Ohana Pereira, 16, aluna do Colégio Estadual Deputado Elísio Carmelo, em São Cristóvão. “Quando vi meu nome na lista de selecionados, fui correndo contar para os meus pais. No momento, a felicidade é tanta que a gente fica sem saber o que fazer. Foi uma sensação muito especial”, expressa. Ela conta que desde muito nova queria ir para os Estados Unidos, mas era um sonho que não esperava realizar enquanto ainda é estudante. “Mas graças ao ‘Sergipe no Mundo’, agora isso vai acontecer”, conta Jackly, sorridente. 

Juntos, os pais e irmãs de Jackly não conseguem esconder a felicidade pela conquista da estudante e destacam o empenho e organização do programa. “O pessoal da Seduc está bem presente na nossa vida atualmente, muito atenciosos para realizar o sonho da minha filha”, comenta José dos Anjos da Conceição, pai de Jackly. “É um orgulho poder viver tudo isso. Fico até emocionada em pensar na viagem, mas estou bem segura e ansiosa pelo retorno dela”, assegura Karla Fernanda Santos Pereira, mãe de Jackly. 

Internacionalizar a Educação

O objetivo do ‘Sergipe no Mundo’ é internacionalizar a educação sergipana, a partir da troca de conhecimentos culturais e do aprendizado de idiomas. “Eu só tenho 16 anos, nem sou fluente no inglês ainda, mas quero muito aprender e aprofundar os meus conhecimentos. Em relação a isso, a Seduc tem me ajudado muito. Eles sempre tiram as minhas dúvidas e me encorajam”, conta Jackly. 

Cada aluno foi contemplado com a entrega de um kit de viagem, que acompanha uma mala e mochila, além da ajuda de custo de R$ 1.100,00 para a compra de enxoval de frio e R$ 7.041,66 de auxílio financeiro. “Temos um cuidado muito especial com os alunos, um compromisso com os contemplados que estão realizando esse sonho. Por isso, fornecemos todos os recursos, materiais e imateriais, para transformar essa imersão em uma porta escancarada para o mundo”, explica o secretário da Seduc, Zezinho Sobral.

Em agosto, a primeira turma do programa, composta por 30 estudantes, seguiu em direção à Europa. Instituído no início deste ano, o ‘Sergipe no Mundo’ surgiu como iniciativa inédita de concessão de bolsas de auxílio e intercâmbio para os estudantes da rede estadual. “Sou sergipano há 55 anos e esta foi a primeira vez que o Governo do Estado fez algo parecido. Esta conquista é mérito da minha filha, mas agradeço principalmente ao governo por dar esta oportunidade aos alunos da escola pública. Hoje foi ela, mas amanhã pode ser qualquer um”, endossa Marcelo, pai de Monize. 

Experiências marcantes

“Aos que ainda não viveram isso, tenho certeza, será bem melhor do que vocês imaginam. Acreditem: vocês não sabem, como eu não sabia, de 1% do que ainda está por vir. É uma experiência única, inigualável”. É o recado que Nathália Borges, estudante do Colégio Estadual Professor Arício Fortes, em Aracaju, deixa para os estudantes que embarcaram rumo à América do Norte. Em agosto deste ano, Nathália estava presente na primeira turma do Sergipe do Mundo, com mais 29 intercambistas que foram agraciados pelo programa e seguiram para a Europa. 

Em Waterford, cidade mais antiga da Irlanda, Nathália pôde experimentar um novo mundo de possibilidades, dentro e fora do ambiente acadêmico. “Pela manhã, íamos para a escola. As aulas eram bem interativas, muito dinâmicas, focadas no inglês. Pela tarde, sempre realizávamos passeios para conhecer a cidade, principalmente as partes históricas, que estão muito bem preservadas; sempre acompanhados por um líder designado pela Seduc para nos guiar”. Entre as salas de aula e o ambiente acolhedor onde a jovem ficou hospedada, Nathália conheceu o Castelo de Waterford, que marcou para sempre sua experiência pelo impacto cultural e histórico do monumento. 

No começo, a intercambista, de apenas 17 anos, estava relativamente nervosa por não dominar tão bem a escuta do novo idioma. “A primeira semana foi a mais difícil pela falta de prática. A partir da segunda, já me sentia muito mais confiante para me comunicar e assimilar as falas de todo mundo”, destacou Nathália. 

De volta ao Brasil, os conhecimentos adquiridos na viagem possibilitaram, inclusive, que a estudante compreendesse melhor a prova de inglês do Exame Nacional do Ensino Médio. “Sinto que consegui fazer a prova muito bem. Entendi tudo que apareceu nas questões de inglês e sei que isso é graças ao que aprendi na Irlanda”, reconheceu a estudante. 

Em relação a segurança, a mãe de Nathália, Maria Roseneide Borges, 43, reconheceu a surpresa e satisfação que sentiu com toda a organização. Diariamente, às 16h, o líder da equipe dos estudantes enviados para a Irlanda enviava atualizações no grupo do WhatsApp – que agrupava os familiares dos intercambistas – para deixar os pais atualizados sobre os estudantes.

“Receber essas notícias, todos os dias, me deixou muito segura. Até brinquei aqui em casa, dizendo que a rotina dela lá era a minha nova novela favorita”, confidenciou Roseneide, entre risos. “A gente se espelha na experiência dos pais dos alunos que já viajaram. Tudo que eles passaram transcorreu na maior tranquilidade, isso proporciona um conforto maior para nós”, reitera Marcelo Andrade, que agora poderá acompanhar a rotina da filha Monize durante a temporada nos Estados Unidos. 

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Intercambistas calouros e veteranos do ‘Sergipe no Mundo’ relatam expectativas e vivências
Aprendizado, conhecimentos culturais e experiências marcantes fazem parte das narrativas compartilhadas pelos estudantes e seus familiares
Sexta-Feira, 15 de Novembro de 2024 às 06:00:00

Entusiasmo é o sentimento que melhor descreve a reação de Monize Andrade, 16, ao descobrir que foi selecionada para participar da segunda turma do Programa Sergipe no Mundo. Nesta sexta-feira, 15, a estudante do Colégio Estadual Murilo Braga, em Itabaiana, e outros 18 alunos da rede estadual de Educação de Sergipe embarcam rumo à Boston, nos Estados Unidos e à Vancouver, no Canadá, para aproveitar um mês de imersão na cultura norte-americana e língua inglesa, experiência proporcionada pelo Programa Sergipe no Mundo, do Governo do Estado. 

Emocionados, os pais de Monize comemoraram o empenho da filha e destacam a importância da iniciativa realizada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). “Assim que soube da seleção, já sugeri que ela abraçasse com todo amor e carinho a oportunidade. É uma experiência única para que os estudantes possam se conhecer melhor, desenvolver vínculos, amizades e aprender. Eu vim de escola pública e nunca vi um programa desse tipo. Eu e minha esposa nunca nem andamos de avião. Por isso, ficamos muito felizes e agradecemos pela oportunidade”, relata Marcelo Andrade, pai de Monize. 

Além de Monize, a seleção no ‘Sergipe no Mundo’ também surpreendeu Jackly Ohana Pereira, 16, aluna do Colégio Estadual Deputado Elísio Carmelo, em São Cristóvão. “Quando vi meu nome na lista de selecionados, fui correndo contar para os meus pais. No momento, a felicidade é tanta que a gente fica sem saber o que fazer. Foi uma sensação muito especial”, expressa. Ela conta que desde muito nova queria ir para os Estados Unidos, mas era um sonho que não esperava realizar enquanto ainda é estudante. “Mas graças ao ‘Sergipe no Mundo’, agora isso vai acontecer”, conta Jackly, sorridente. 

Juntos, os pais e irmãs de Jackly não conseguem esconder a felicidade pela conquista da estudante e destacam o empenho e organização do programa. “O pessoal da Seduc está bem presente na nossa vida atualmente, muito atenciosos para realizar o sonho da minha filha”, comenta José dos Anjos da Conceição, pai de Jackly. “É um orgulho poder viver tudo isso. Fico até emocionada em pensar na viagem, mas estou bem segura e ansiosa pelo retorno dela”, assegura Karla Fernanda Santos Pereira, mãe de Jackly. 

Internacionalizar a Educação

O objetivo do ‘Sergipe no Mundo’ é internacionalizar a educação sergipana, a partir da troca de conhecimentos culturais e do aprendizado de idiomas. “Eu só tenho 16 anos, nem sou fluente no inglês ainda, mas quero muito aprender e aprofundar os meus conhecimentos. Em relação a isso, a Seduc tem me ajudado muito. Eles sempre tiram as minhas dúvidas e me encorajam”, conta Jackly. 

Cada aluno foi contemplado com a entrega de um kit de viagem, que acompanha uma mala e mochila, além da ajuda de custo de R$ 1.100,00 para a compra de enxoval de frio e R$ 7.041,66 de auxílio financeiro. “Temos um cuidado muito especial com os alunos, um compromisso com os contemplados que estão realizando esse sonho. Por isso, fornecemos todos os recursos, materiais e imateriais, para transformar essa imersão em uma porta escancarada para o mundo”, explica o secretário da Seduc, Zezinho Sobral.

Em agosto, a primeira turma do programa, composta por 30 estudantes, seguiu em direção à Europa. Instituído no início deste ano, o ‘Sergipe no Mundo’ surgiu como iniciativa inédita de concessão de bolsas de auxílio e intercâmbio para os estudantes da rede estadual. “Sou sergipano há 55 anos e esta foi a primeira vez que o Governo do Estado fez algo parecido. Esta conquista é mérito da minha filha, mas agradeço principalmente ao governo por dar esta oportunidade aos alunos da escola pública. Hoje foi ela, mas amanhã pode ser qualquer um”, endossa Marcelo, pai de Monize. 

Experiências marcantes

“Aos que ainda não viveram isso, tenho certeza, será bem melhor do que vocês imaginam. Acreditem: vocês não sabem, como eu não sabia, de 1% do que ainda está por vir. É uma experiência única, inigualável”. É o recado que Nathália Borges, estudante do Colégio Estadual Professor Arício Fortes, em Aracaju, deixa para os estudantes que embarcaram rumo à América do Norte. Em agosto deste ano, Nathália estava presente na primeira turma do Sergipe do Mundo, com mais 29 intercambistas que foram agraciados pelo programa e seguiram para a Europa. 

Em Waterford, cidade mais antiga da Irlanda, Nathália pôde experimentar um novo mundo de possibilidades, dentro e fora do ambiente acadêmico. “Pela manhã, íamos para a escola. As aulas eram bem interativas, muito dinâmicas, focadas no inglês. Pela tarde, sempre realizávamos passeios para conhecer a cidade, principalmente as partes históricas, que estão muito bem preservadas; sempre acompanhados por um líder designado pela Seduc para nos guiar”. Entre as salas de aula e o ambiente acolhedor onde a jovem ficou hospedada, Nathália conheceu o Castelo de Waterford, que marcou para sempre sua experiência pelo impacto cultural e histórico do monumento. 

No começo, a intercambista, de apenas 17 anos, estava relativamente nervosa por não dominar tão bem a escuta do novo idioma. “A primeira semana foi a mais difícil pela falta de prática. A partir da segunda, já me sentia muito mais confiante para me comunicar e assimilar as falas de todo mundo”, destacou Nathália. 

De volta ao Brasil, os conhecimentos adquiridos na viagem possibilitaram, inclusive, que a estudante compreendesse melhor a prova de inglês do Exame Nacional do Ensino Médio. “Sinto que consegui fazer a prova muito bem. Entendi tudo que apareceu nas questões de inglês e sei que isso é graças ao que aprendi na Irlanda”, reconheceu a estudante. 

Em relação a segurança, a mãe de Nathália, Maria Roseneide Borges, 43, reconheceu a surpresa e satisfação que sentiu com toda a organização. Diariamente, às 16h, o líder da equipe dos estudantes enviados para a Irlanda enviava atualizações no grupo do WhatsApp – que agrupava os familiares dos intercambistas – para deixar os pais atualizados sobre os estudantes.

“Receber essas notícias, todos os dias, me deixou muito segura. Até brinquei aqui em casa, dizendo que a rotina dela lá era a minha nova novela favorita”, confidenciou Roseneide, entre risos. “A gente se espelha na experiência dos pais dos alunos que já viajaram. Tudo que eles passaram transcorreu na maior tranquilidade, isso proporciona um conforto maior para nós”, reitera Marcelo Andrade, que agora poderá acompanhar a rotina da filha Monize durante a temporada nos Estados Unidos.