Notícias
Notícias
Quinta-Feira, 13 de Julho de 2023 às 16:45:00
Seasc participa de evento ação em alusão aos 33 anos do ECA
Palestra reuniu membros da Rede Municipal de Assistência Social, em Nossa Senhora do Socorro, para tratar sobre os direitos das crianças trans no Brasil

A Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania (Seasc), por meio da Superintendência de Inclusão e Cidadania participou, na manhã de hoje, 13, de um evento em alusão aos 33 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A Ação foi feita com a Rede Municipal de Assistência Social do Município de Nossa Senhora do Socorro, região da Grande Aracaju. 

As coordenadoras de Políticas públicas em Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes e das Políticas Públicas para população LGBTQIAPN+, Adriana Moraes e Silvania Souza, e palestraram sobre os direitos das crianças trans no Brasil. Tema que nasceu da percepção da necessidade da rede de proteção à criança e ao adolescente e as entidades de defesa dos direitos LGBTQIAPN+ de orientar mães, técnicos e conselheiros tutelares a lidar com as dificuldades do dia a dia a fim de promover e garantir os direitos pleno dessas crianças. 

A coordenadora de Políticas Públicas em Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes, Adriana Moraes, afirma que o ECA é uma importante ferramenta na promoção das políticas da infância que garante os direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes, além de estabelecer as diretrizes e parâmetros para as formações das políticas públicas. A coordenadora enfatiza que é muito simbólico celebrar os 33 anos do estatuto em uma ação que trabalha um tema tão delicado e ainda tão pouco debatido e compreendido como o acolhimento das crianças trans. 

“É um tema que deve ser discutido não só com a rede, mas com a sociedade, porque o próprio estatuto da criança e do adolescente deixa bem claro que criança e adolescente são sujeitos de direito. O que temos percebido é que a situação de crianças trans está na invisibilidade na visão da sociedade e até mesmo de muitos profissionais que estão à frente do atendimento, em razão disso se torna ainda mais importante ocuparmos esses espaços e reforçar que a garantia de direito se estende a toda criança e adolescente”, evidenciou a coordenadora.  

A coordenadora de Políticas Públicas para população LGBTQIAPN+, Silvania Souza, agradeceu a presença dos Assistentes Sociais do município e frisou quão importante foram as participações durante a atividade. “Tivemos uma acolhida maravilhosa. Conseguimos passar a importância de se falar sobre nossas crianças trans e sentir o interesse de todos, que fizeram várias perguntas. Foi muito legal”, frisou a coordenadora. 

A farmacêutica Daniele Santana, de 39 anos, mãe de um menino trans de nove anos que faz parte da ONG Mães Pela Diversidade, entidade formada por mães e pais de pessoas LGBTQIAPN+, conta que a maior dificuldade é lidar com o preconceito da sociedade e conscientizar a todos que as crianças trans existem e precisam ter seus direitos respeitados.

 “Pessoas que não conhecem nosso filho ou nossa família, muitas vezes têm atitudes extremamente preconceituosas e nos últimos tempos, tem saído muitas fake news na mídia, nas redes sociais, de maneira geral as pessoas que não conhecem a realidade das famílias, das crianças trans e aí se veem no direito de falar o que querem. Eu costumo escrever e falar sobre o assunto. Eu acredito que quanto mais a gente conseguir falar e educar, as pessoas e desmistificar e desmentir essas informações falsas veiculadas, mais as pessoas vão entender que criança trans existem e que toda criança só quer ter uma infância feliz, saudável. O que queremos é que os direitos dessas crianças sejam garantidos”, declarou Daniele.  

O presidente do conselho municipal e estadual dos direitos da criança e do adolescente e Assistente Social, Aloísio Júnior, falou que o momento contribui para a execução de políticas públicas para promoção e proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes. 

“A gente precisa ter uma atenção especial com as crianças, em especial as trans. Elas existem e as unidades públicas de assistência, da saúde e da educação precisam estar preparadas para lidar com essa situação, como atender, como acolher. Muitas crianças estão morrendo, sofrendo por violação de direitos. Então a gente precisa estar atento, de fato, para poder cuidar e acolher essas crianças”, analisou.

Compartilhe            
Notícia
/ Notícias / assistencia-social

Seasc participa de evento ação em alusão aos 33 anos do ECA
Palestra reuniu membros da Rede Municipal de Assistência Social, em Nossa Senhora do Socorro, para tratar sobre os direitos das crianças trans no Brasil
Quinta-Feira, 13 de Julho de 2023 às 16:45:00

A Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania (Seasc), por meio da Superintendência de Inclusão e Cidadania participou, na manhã de hoje, 13, de um evento em alusão aos 33 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A Ação foi feita com a Rede Municipal de Assistência Social do Município de Nossa Senhora do Socorro, região da Grande Aracaju. 

As coordenadoras de Políticas públicas em Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes e das Políticas Públicas para população LGBTQIAPN+, Adriana Moraes e Silvania Souza, e palestraram sobre os direitos das crianças trans no Brasil. Tema que nasceu da percepção da necessidade da rede de proteção à criança e ao adolescente e as entidades de defesa dos direitos LGBTQIAPN+ de orientar mães, técnicos e conselheiros tutelares a lidar com as dificuldades do dia a dia a fim de promover e garantir os direitos pleno dessas crianças. 

A coordenadora de Políticas Públicas em Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes, Adriana Moraes, afirma que o ECA é uma importante ferramenta na promoção das políticas da infância que garante os direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes, além de estabelecer as diretrizes e parâmetros para as formações das políticas públicas. A coordenadora enfatiza que é muito simbólico celebrar os 33 anos do estatuto em uma ação que trabalha um tema tão delicado e ainda tão pouco debatido e compreendido como o acolhimento das crianças trans. 

“É um tema que deve ser discutido não só com a rede, mas com a sociedade, porque o próprio estatuto da criança e do adolescente deixa bem claro que criança e adolescente são sujeitos de direito. O que temos percebido é que a situação de crianças trans está na invisibilidade na visão da sociedade e até mesmo de muitos profissionais que estão à frente do atendimento, em razão disso se torna ainda mais importante ocuparmos esses espaços e reforçar que a garantia de direito se estende a toda criança e adolescente”, evidenciou a coordenadora.  

A coordenadora de Políticas Públicas para população LGBTQIAPN+, Silvania Souza, agradeceu a presença dos Assistentes Sociais do município e frisou quão importante foram as participações durante a atividade. “Tivemos uma acolhida maravilhosa. Conseguimos passar a importância de se falar sobre nossas crianças trans e sentir o interesse de todos, que fizeram várias perguntas. Foi muito legal”, frisou a coordenadora. 

A farmacêutica Daniele Santana, de 39 anos, mãe de um menino trans de nove anos que faz parte da ONG Mães Pela Diversidade, entidade formada por mães e pais de pessoas LGBTQIAPN+, conta que a maior dificuldade é lidar com o preconceito da sociedade e conscientizar a todos que as crianças trans existem e precisam ter seus direitos respeitados.

 “Pessoas que não conhecem nosso filho ou nossa família, muitas vezes têm atitudes extremamente preconceituosas e nos últimos tempos, tem saído muitas fake news na mídia, nas redes sociais, de maneira geral as pessoas que não conhecem a realidade das famílias, das crianças trans e aí se veem no direito de falar o que querem. Eu costumo escrever e falar sobre o assunto. Eu acredito que quanto mais a gente conseguir falar e educar, as pessoas e desmistificar e desmentir essas informações falsas veiculadas, mais as pessoas vão entender que criança trans existem e que toda criança só quer ter uma infância feliz, saudável. O que queremos é que os direitos dessas crianças sejam garantidos”, declarou Daniele.  

O presidente do conselho municipal e estadual dos direitos da criança e do adolescente e Assistente Social, Aloísio Júnior, falou que o momento contribui para a execução de políticas públicas para promoção e proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes. 

“A gente precisa ter uma atenção especial com as crianças, em especial as trans. Elas existem e as unidades públicas de assistência, da saúde e da educação precisam estar preparadas para lidar com essa situação, como atender, como acolher. Muitas crianças estão morrendo, sofrendo por violação de direitos. Então a gente precisa estar atento, de fato, para poder cuidar e acolher essas crianças”, analisou.