Na noite desta sexta-feira, 10, a oficina de introdução ao video mapping, primeira atividade do SE Mapping, foi finalizada e deixou os entusiastas da arte e tecnologia satisfeitos com o resultado. O video mapping é uma técnica de projeção mapeada em objetos ou superfícies.

O diretor e produtor técnico Márcio Mesk, conhecido como Blau, é sergipano, mas já mora em São Paulo há 20 anos. De férias em Aracaju, ele aproveitou para participar da oficina sobre video mapping. "Fiquei super interessado, porque traz bagagem para o meu trabalho. Para a minha profissão, quanto mais tiver esse domínio técnico, mais tem como ter essa organização de um evento. Foi super bacana ter esse conteúdo da oficina, os dois ministrantes, souberam administrar de uma forma muito ampla e com consistência do conteúdo. Acho que isso foi super válido", contou. 

Layla Bomfim é formada em Ciências Sociais, mas trabalha como video jockey (VJ) há dois anos. Para ela, a oficina foi uma oportunidade enriquecedora, tanto para quem já conhece a técnica, quanto para quem tem curiosidade de conhecer. "Essa experiência da formação de video mapping em VJ, tanto para mim quanto para as pessoas que eu acompanho, que trabalham com isso em Sergipe, foi muito autodidata. Sempre um ajudando ao outro, pesquisando de forma muito autônoma mesmo, sem a mediação de alguém que já fizesse isso antes. E aí, quando a oficina vem, é incrível, porque também traz o lado da formação. E mesmo para a gente, que já trabalha com isso, é importante ter, porque às vezes na formação autodidata a gente sabe fazer as coisas, mas não sabe por que faz. Aqui fomos entendendo os fundamentos, descobrindo várias coisas que vão ajudar muito no trabalho. É muito importante para a gente que já está construindo essa cena aqui", detalhou.

Ela ainda falou sobre a importância de incentivar esse movimento no estado. "A expectativa que a gente tem é que, após SE mapping, que a cena tenha mais VJs. É isso que a gente precisa. Há alguns anos, Aracaju viveu um movimento de muitas formações de DJ, e a gente viu que isso mudou completamente a cena das festas, de quem estava atuando. Então acho que essa oficina vai possibilitar que muita gente boa nasça daqui e que a gente veja coisas muito lindas no futuro", finalizou a VJ.

Emmanuel Vitor de Melo Barbosa é designer e já tinha tido um contato inicial com o video mapping na faculdade. "Eu peguei uma matéria de arte e tecnologia e a professora apresentou para a gente, com alguns recursos limitados, mas já foi uma boa introdução. Eu achei a oficina bem interessante, o pessoal tem um portfólio incrível, com projetos de alta complexidade que a gente não tinha como ter contato na universidade, então já abriu muitos horizontes", afirmou.

Assim como Emanuel, Sofia Catarine também teve contato com a técnica durante o curso de design. "Durante a faculdade, além de aprender um pouco da parte teórica, a gente teve a oportunidade de fazer uma prática. Então, levando em consideração que eu já tinha um conhecimento sobre, foi muito interessante, porque a oficina é bem introdutória, então para alguém que não conhece sobre, veio porque se interessou pela atividade, pelo projeto, vai conseguir ter uma noção, sair daqui com uma noção maior do que é o video mapping. A área de tecnologia, a arte e a minha área de design andam juntas, então acho muito importante porque pode despertar uma vontade de experimentar depois essa área", ressaltou a designer.

Um dos ministrantes da oficina, o artista visual Rafael Cançado, explicou o que foi abordado no último dia da oficina. "Nós abrangemos um pouco mais os projetos, abrangendo um pouco mais a teoria, pegamos o programa, vendo de uma forma um pouco mais avançada. O mapping tem muitas nuances, então a gente fala um pouco dessa visão ampla, que é o nosso objetivo, no qual as pessoas saem daqui e saibam onde elas possam aplicar, quem elas possam recorrer, que caminho seguir", colocou.

Sobre trazer a oficina para o estado, ele reforçou a importância desse movimento. "Isso é uma educação do olhar, das pessoas no geral, para que elas expandam a visão e saiam daqui para qualquer outro lugar já um pouco mais cientes do que é também. Eu acho que aqui tem muito que expandir para outros lugares. Ficou muito claro que tem uma demanda boa nessa área e é uma área que tem crescido muito, por conta dos avanços tecnológicos em geral, então isso mostra o interesse das pessoas pelos avanços tecnológicos, que elas querem crescer também, aprender coisas novas, para novas profissões, novas tendências que estão vindo", concluiu o artista.

Sobre a oficina
O objetivo da atividade foi apresentar uma visão global do video mapping e das principais tecnologias relacionadas à arte digital, incluindo referências de instalações (luzes e laser) e uma introdução às etapas de blueprint, edição e projeção utilizando os softwares Resolume e MadMapper.

Os inscritos puderam explorar conceitos básicos, ferramentas e práticas fundamentais para a criação de videomapping e terão a criatividade estimulada, além de ampliar a compreensão sobre o potencial do videomapping como ferramenta artística, cultural e social.